Respondendo a esta questão do Presidente da República, o professor Manuel Carmo Gomes mostrou-se "otimista", mas admitiu que no Natal, haverá "inevitavelmente" um aumento de contágios.

"Quando chegarmos ao Natal vai haver agregados familiares que se vão encontrar uns com os outros e isso aumenta a probabilidade de contágios. Inevitavelmente, haverá aumento do número de contágios entre o dia 23 e o fim do ano — e isso reflete-se passados 15 dias”.

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O especialista afirma esperar que "haja recrudescimento [aumento do número de casos] no início de janeiro". "Espero que não seja muito e seja possível controlar com início da vacinação", disse repetindo que se sente otimista.

Baltazar Nunes, do Instituto Ricardo Jorge, sugeriu a hipótese de se criarem "bolhas de Natal" ("Christmas bubbles") como já foi sugerido no Reino Unido. Isto é, as famílias devem reduzir o número de contactos sociais nos dias antes e depois dos dias de Natal.

O encontro no Infarmed juntou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e primeiro-ministro, António Costa, políticos e especialistas.

A reunião tem como temas centrais um balanço das medidas tomadas até à data, a tendência da evolução da covid-19 no país e a eventual prorrogação do estado de emergência, nomeadamente o cenário de um plano para a época natalícia.