Num ofício a que a Lusa teve hoje acesso, dirigido ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia, o autarca Nuno Fonseca especifica que "foram criadas condições" para o bom funcionamento das feiras e mercados no concelho e que não foi "reportado qualquer contágio ligado" aquela atividade.

No dia 22 de outubro, uma Resolução do Conselho de Ministros definiu medidas especiais para os concelhos de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira, entre as quais a suspensão de feiras e mercados.

No documento, o autarca refere que o "surto pandémico" afetou "gravemente a economia", que o setor das feiras e mercados "já se encontrava em dificuldades" e que este impedimento da atividade em Felgueiras "agrava seriamente as dificuldades económicas" dos profissionais do setor.

"Considero justo que seja permitido o funcionamento das feiras e mercados, tal como acontece com os estabelecimentos comerciais, com as regras oportunamente e eficazmente implementadas ou outras que eventualmente entendam introduzir, sendo que asseguraremos o cumprimento das mesmas", escreve Nuno Fonseca.

O autarca discrimina as medidas que foram tomadas para assegurar o bom funcionamento das feiras e mercados no concelho, enumerando que foi definido "controlo de acesso, circuitos para entradas e saídas”, que se “disponibilizaram dispensadores de álcool e gel à entrada e à saída” e se determinou “a obrigatoriedade do uso de máscara”.

Para além disso, foi “definida de uma lotação máxima para garantir a segurança dos feirantes e dos clientes".

Nuno Fonseca assegura ainda que se "afetaram técnicos para assegurar o cumprimento" e que, "com as regras implementadas, o funcionamento das feiras decorreu com sucesso, não havendo qualquer evidência que permita concluir que esta atividade represente maior risco do que as outras atividades comerciais".