O Ministério da Saúde indicou ainda que 298 das 485 vítimas mortais registadas no boletim de domingo ocorreram nos últimos três dias, estando ainda a ser investigada a eventual relação de 2.450 óbitos com a doença provocada pelo novo coronavírus.

O Brasil é agora o terceiro país do mundo com maior número de casos ativos da doença, apenas atrás dos Estados Unidos da América e da Rússia, segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação.

Em relação ao número total de casos registados desde o início da pandemia, o país sul-americano ocupa o quinto lugar.

O aumento no número de mortes no Brasil foi de 3,1%, passando de 15.633 no sábado para 16.118 no domingo. Face ao número de infetados, o crescimento foi de 3,4%, passando de 233.142 para 241.080 casos confirmados de infeção.

O país sul-americano já registou a recuperação de 94.122 pacientes de covid-19, sendo que 130.840 continuam sob acompanhamento.

São Paulo continua a liderar a lista dos estados com maior número de casos, contabilizando oficialmente 62.345 pessoas diagnosticadas com covid-19 e 4.782 mortes, seguido pelo Ceará, que conta com 24.255 casos confirmados e 1.641 óbitos.

O Rio de Janeiro, terceiro estado com maior número de casos confirmados, tem 22.238 casos de infeção e 2.715 vítimas mortais.

Do lado oposto, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul continuam a ser as únicas unidades federativas do Brasil que ainda não ultrapassaram os mil casos da covid-19.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, voltou no domingo a apoiar uma manifestação pró-Governo, cujos participantes se aglomeraram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, apesar do momento crítico que o país atravessa em relação à pandemia.

Acompanhado por pelo menos 11 dos seus ministros, Bolsonaro frisou que o movimento a seu favor era democrático, sem palavras de ordem que afrontassem a Constituição.

“Existe política com participação espontânea popular, isso não tem preço. (…) Nenhuma faixa, nenhuma bandeira que atente contra a nossa Constituição e contra o Estado democrático de direito. Uma manifestação pura da democracia, estou muito honrado com isso. (…) Tenho a certeza de que movimentos como esse fortalecem o nosso Brasil”, afirmou o chefe de Estado.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.