Num comunicado sobre a avaliação da ameaça da variante B.1.1.529 da SARS-CoV-2, Omicron, e com base na informação genética atualmente disponível, o ECDC diz que a nova variante detetada na África Austral é a mais divergente (em relação ao vírus original) detetada até hoje.

Assim, o ECDC classificou hoje esta variante como uma variante de preocupação (VOC - variant of concern) devido a preocupações relativas a um potencial aumento da transmissibilidade em comparação com a variante Delta. Esta classificação já tinha sido atribuída esta tarde pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por identificar que a Ómicron tem "um grande número de mutações, algumas das quais preocupantes".

A diretora da ECDC, Andrea Ammon, disse citada em comunicado que "existe ainda uma incerteza considerável relacionada com a transmissibilidade, eficácia da vacina, risco de reinfeções e outras propriedades desta variante" e pediu proatividade na implementação de medidas para “ganhar tempo” até haver mais informação.

"Nesta fase, com base na nossa experiência com variantes anteriores, devemos ser proativos e implementar medidas de precaução para ganhar tempo até adquirirmos mais informação. Por conseguinte, gostaria de reiterar as três recomendações-chave da nossa avaliação de risco: Em primeiro lugar, é imperativo que fechemos a 'lacuna' de imunização. Em segundo lugar, as doses de reforço devem ser consideradas para todos os indivíduos adultos, dando prioridade às pessoas acima dos 40 anos de idade. Finalmente, devido às incertezas envolvidas nesta situação, a implementação reforçada atempada de prevenção não-farmacológicas [máscara, distanciamento, desinfeção e higienização das mãos] é agora mais importante do que nunca", defende a diretora.

No comunicado insiste-se ainda na necessidade de assegurar uma cobertura vacinal eficaz e equitativa entre países e regiões da Europa, para “impedir qualquer potencial propagação de uma nova variante”. E na necessidade de dar prioridade à vacinação aos idosos, pessoas vulneráveis e profissionais de saúde.

“As autoridades de saúde pública devem identificar os que tiverem uma ligação epidemiológica a casos com a nova variante ou historial de viagens a áreas conhecidas como afetadas, para controlar ou atrasar a propagação da nova variante. A vigilância genómica é de grande importância para a deteção precoce da presença e tendências epidemiológicas de variantes preocupantes e fornecerá informações importantes para orientar a resposta a esta nova variante”, refere também o comunicado.

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