"A redução de verbas do Estado português é uma atitude completamente incompreensível se tivermos em conta o elevado nível de incerteza. Não era normal num ano normal, mas num ano como 2020, de crise sanitária e económica, é completamente inexplicável", disse, na Comissão Permanente de Economia, Finanças e Turismo, na discussão na especialidade das propostas do Orçamento da Região para 2021 (2.033 milhões de euros) e do Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento - PIDDAR (800 milhões de euros).
Pedro Calado acrescentou que o Governo Regional está "inconformado" com o "desrespeito institucional e inqualificável" do Estado português em relação à Madeira.
O governante recordou, entre outros aspetos, a não concretização da linha ferry Madeira-continente; os custos do meio aéreo de combate a incêndios, suportados pela região; os subsistemas de saúde das forças de segurança, que a região terá de assumir; o subsídio social de mobilidade aérea e a falta de aval ao empréstimo de 458 milhões de euros que a região contraiu para fazer face à pandemia da covid-19.
Pedro Calado salientou que o Governo Regional PSD/CDS vai continuar a trabalhar "com mais afinco, determinação e seriedade, e exigir o respeito institucional por todos os madeirenses e porto-santenses".
A Comissão Permanente de Economia, Finanças e Turismo votou hoje, na especialidade, oito das 282 propostas de alteração aos documentos apresentadas pela oposição (158 do PCP, 84 do PS e 40 do JPP).
A maioria PSD/CDS viabilizou a aprovação de quatro propostas de alteração do PCP, três do JPP e uma do PS.
A votação final na especialidade e a votação global das propostas do Governo Regional serão votadas na parte da tarde no parlamento madeirense, encerrando o debate o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
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