"A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, atualiza hoje, pelas 12h00, novas informações sobre a vacinação das crianças na faixa etária dos 12-15 anos. Estará presente o Professor Luís Graça, membro da Comissão Técnica de Vacinação COVID-19", lê-se na nota.

Anteriormente, a DGS definiu as regras para esta faixa etária e recomendou a administração prioritária de vacinas contra a covid-19 apenas para a faixa etária entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades, salvaguardando, porém, que só emitiria “recomendações sobre vacinação universal de adolescentes com 12-15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias”. Pelo que a vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos.

Na semana passada, a DGS veio esclarecer que a vacinação, para já, não vai incluir adolescentes saudáveis dos 12 aos 15 anos.

"A possibilidade de acesso de adolescentes saudáveis à vacinação não se coloca nesta fase, dado que ainda estão a ser vacinadas faixas etárias acima dos 18 anos e está a ser dada prioridade a adolescentes e jovens com comorbilidades", esclareceu a DGS num comunicado anteriormente enviado às redações, no seguimento de uma atualização efetuada à norma da Campanha de Vacinação Contra a Covid-19 a 3 de agosto, que determina que as crianças e jovens com idades entre os 12 e os 15 anos que tenham cancro ativo, diabetes, obesidade, insuficiência renal crónica estão entre as que devem ser vacinadas prioritariamente contra a covid-19.

Assim, "tal como se procedeu para as comorbilidades prioritárias para a Fase 1 e Fase 2 (pessoas com 16 ou mais anos de idade), os adolescentes com estas comorbilidades são elegíveis para vacinação após a sua identificação, através da Prescrição Eletrónica Médica, pelos médicos assistentes", referia o anterior esclarecimento.

"É ainda dada a possibilidade de, tal como na vacinação de pessoas com 16 ou mais anos, em situações excecionais e clinicamente fundamentadas, o médico referenciar uma pessoa para vacinação prioritária. Essa referenciação deverá ser baseada numa avaliação de beneficio-risco".

A norma estabelece também como doenças prioritárias para vacinação a transplantação e a imunossupressão. Segundo a mesma, estão ainda incluídas doenças neurológicas, que englobam a paralisia cerebral e distrofias musculares, as perturbações do desenvolvimento, como a Trissomia 21 e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo. A doença pulmonar crónica, doença respiratória crónica, como asma grave, e fibrose quística também estão entre as prioritárias.

Na semana passada, questionado sobre a vacinação desta faixa etária, Lacerda Sales referiu que, se fosse o caso, o Governo estaria preparado para avançar: “Estamos preparados para poder vacinar as crianças dos 12 aos 15 anos, saudáveis, se for essa a decisão da Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda antes do arranque do ano letivo”.