“No quadro de recentes investigações da comunicação social, a sociedade foi informada de novas provas do comportamento incorreto de Julian Reichelt”, escreveu o grupo, em comunicado.

Com 41 anos, o jornalista já tinha sido suspenso na primavera, para realização de um inquérito interno, em que era suspeito de promover mulheres com quem tinha relações, antes de as afastar.

Foi reposto em funções no final de março. Reichelt “admitiu que misturou relações profissionais com pessoais, mas negou [qualquer assédio] sob juramento”, tinha então avançado o grupo.

Mas a direção do Axel Springer adiantou hoje que “soubera que Julian Reichelt continua a não separar claramente os assuntos privados e profissionais e que disse coisas falsas sobre este assunto ao conselho de administração”.

O jornal mais lido da Alemanha não detalha os factos específicos que são reprovados ao seu ex-responsável, uma figura controversa no mundo jornalístico alemão.

Foi um inquérito do New York Times, divulgado no domingo, que parece ter precipitado a decisão do grupo Springer.

Segundo a peça do diário nova-iorquino, Reichelt promoveu a um posto com responsabilidades uma jovem jornalista com quem tinha uma ligação.

“Se descobrem que tenho uma ligação com uma estagiária, vou perder o meu emprego”, disse-lhe Julian Reichelt, em novembro de 2016, segundo declarações da própria à comissão de inquérito interna, citadas pelo New York Times.

Reichelt vai ser substituído por Johannes Boie, que tem dirigido o semanário Welt am Sonntag.

Com uma tiragem de dois milhões de exemplares, o Bild, criado em 1952, apostou em ‘faits divers’, nas competições e nas celebridades para se tornar o primeiro diário alemão.

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