Em comunicado, a Transneft explica que o seu pagamento sobre o direito de trânsito pela Ucrânia para o mês de agosto, efetuado em 22 de julho, foi recusado no dia 28 por causa da entrada em vigor de determinadas sanções adotadas contra Moscovo.

Em consequência, a empresa ucraniana UkrTransNafta “deixou de fornecer serviços para o transporte de petróleo através do território ucraniano a partir de 04 de agosto”, indicou a Transneft.

Trata-se de entregas através de um ramal do oleoduto Druzhba que passa pela Ucrânia e serve três países europeus sem acesso ao mar, Hungria, Eslováquia e República Checa.

O fornecimento à Polónia e à Alemanha, através de um outro ramal do Druzhba que transita pela Bielorrússia, “prosseguem normalmente”, declarou a Transneft.

Apesar da ofensiva militar russa em território ucraniano desde finais de fevereiro, o petróleo e o gás russos continuam a transitar pela Ucrânia para a União Europeia (UE), onde alguns países têm forte dependência dos hidrocarbonetos russos.

A UE adotou em junho um embargo progressivo ao petróleo russo, prevendo o fim das importações de crude por navio dentro de seis meses.

O fornecimento via oleoduto de Druzhba foi autorizado a continuar “temporariamente”, sem data limite, uma concessão obtida pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que mantém boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin, estando a Hungria bastante dependente do petróleo russo.

Desde o início do conflito na Ucrânia, os países europeus tentam reduzir a sua dependência energética da Rússia, acusando Moscovo de usar as suas exportações neste setor como “arma de guerra”.

A Rússia também reduziu significativamente o fornecimento de gás à Europa nas últimas semanas.