Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação, Vasco Mendes, considera que tem sido crescente a procura de clínicos portugueses por parte de unidades estrangeiras, o que comprova a “qualidade da formação médica”.

Contudo, entende que a emigração de médicos especialistas é “motivo de preocupação” para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Pode provocar uma falta de médicos no SNS, que terá impacto nos médicos que o país vai conseguir formar. Ter menos médicos em exercício implica ter menos médicos em aprendizagem”, argumentou Vasco Mendes.

O representante dos estudantes de medicina diz estar consciente das dificuldades que o SNS tem atravessado, mas apela a que sejam tomadas medidas para que o sistema público seja atrativo, estável, em que os profissionais consigam exercer e fazer investigação.

A procura por parte de hospitais estrangeiros de médicos portugueses, que muitas vezes oferecem melhores salários e condições, “vem acentuar o problema das poucas capacidades formativas para formar internos”, insiste o presidente da Associação.

Vasco Mendes lembra que, “num mundo globalizado e cada vez mais acessível”, as oportunidades de trabalho no estrangeiro chegam rapidamente através do computador.

Uma empresa está a recrutar médicos de Portugal, Espanha e Itália para trabalharem na Arábia Saudita, procurando profissionais com cinco a 10 anos de experiência para 24 especialidades diferentes.

Segundo o anúncio publicado na Internet e já enviado diretamente a alguns médicos portugueses pela plataforma Linkedin, um grupo de saúde na Arábia Saudita está à procura especialistas em emergência médica, cirurgia plástica, dermatologia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, pneumologia, entre outras especialidades.

Hoje, o Jornal de Notícias anuncia que o Governo galego está a tentar contratar médicos de família e pediatras portugueses, oferendo uma duplicação do salário. Também na bolsa de emprego da Ordem dos Médicos há anúncios a procurar médicos para países como a Irlanda, a Inglaterra ou a França.

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