No passado mês de junho, o Governo guineense decidiu, em Conselho de Ministros, que a partir de janeiro de 2023, os atuais passaportes ordinários deixam de ter validade para serem substituídos por uma nova gama, biométrico, e da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Estudante guineense na Rússia, Luís Mendes receia que a partir de janeiro vários alunos do país no estrangeiro passem a enfrentar dificuldades, nomeadamente na renovação de título de residência ou matrícula, por não terem passaporte válido.

Mendes assinalou que só na Rússia existem mais de mil estudantes guineenses, entre civis, militares e paramilitares.

“Vamos responsabilizar o Governo da Guiné-Bissau por possível perda de residência dos estudantes nos países de acolhimento”, avisou o presidente da Federação de Estudantes Guineenses em países como Argélia, China, Marrocos, Portugal, Rússia e Turquia.

Luís Mendes disse que “há vários meses” que a sua federação tem tentado sensibilizar o Governo guineense “sobre o problema dos passaportes”, mas ainda não teve sucesso, afirmou.

A Lusa está a obter uma reação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, uma das entidades responsáveis pela emissão dos passaportes, mas ainda não teve resposta.