Como parte do acordo da defesa, Thomas Lane terá uma acusação de cumplicidade no homicídio involuntário de segundo grau.

Lane, juntamente com J. Alexander Kuengand e Tou Thao, já tinha enfrentado as acusações federais de ter violado deliberadamente os direitos de Floyd, durante a imobilização da vítima em maio de 2020, que acabou por resultar na sua morte.

O estado avançou com uma pena de três anos para Lane, o que fica abaixo das diretrizes de sentença estatais, e concordou em permitir que o acusado cumpra o tempo numa prisão federal.

O procurador-geral Keith Ellison, cujo gabinete processou o caso, emitiu uma declaração, na qual afirmou que estava satisfeito por Lane ter reconhecido a sua responsabilidade na morte de Floyd.

“Reconhecer que fez algo errado é um passo importante para curar as feridas da família Floyd, da nossa comunidade e da nação”, afirmou Ellison.

“Apesar de esta responsabilização estar longe de fazer justiça, este é um momento significativo para o caso e uma resolução necessária na nossa jornada contínua para a justiça”, referiu.

Tanto o advogado do acusado como o próprio Lane preferiram não prestar comentários e a sua condenação está agendada 21 de setembro.

O antigo colega, Derek Chauvin, também se declarou culpado no ano passado à acusação federal de violação dos direitos civis de Floyd e enfrenta agora uma sentença que vai de 20 a 25 anos.

Anteriormente Chauvin chegou a ser condenando por homicídio e homicídio involuntário, com uma pena de 22 anos e meio no caso estadual.

O caso de Lane, que é caucasiano, reaparece durante uma semana que abalou os Estados Unidos da América, com a morte de 10 negros em Bufallo, Nova Iorque, às mãos de um homem branco de 18 anos, que levou a cabo um tiroteio racista e transmitido em direto num supermercado.

George Floyd morreu a 25 de maio de 2020, com 46 anos, depois de Chauvin, um agente de polícia branco, o ter imobilizado no chão com um joelho no pescoço, apesar de Floyd ter repetidamente alertado que não conseguia respirar.

Lane e Kueng ajudaram a restringir os movimentos de Floyd, que estava algemado, sendo que Lane segurou as pernas do homem e Kueng ajoelhou-se nas suas costas.

Thao impediu que os transeuntes interviessem durante os nove minutos e meio da detenção.

Lane foi condenando juntamente com Kueng e Thao por acusações federais em fevereiro, depois de um julgamento que durou um mês e se centrou na formação dos agentes e na cultura dentro do departamento da polícia.

Os três acabaram acusados por privar Floyd do direito a cuidados médicos e por não terem parado o colega Chauvin durante o assassinato, que foi apanhado em vídeo e desencadeou vários protestos contra a injustiça racial em Minneapolis e em todo o mundo.

Kueng e Thao estão agendados para julgamento em junho, sob acusação do estado.

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