“Há mais autarcas [de origem portuguesa] eleitos que em 2014 e metade eram recandidatos e metade são caras novas na política. Há também, claro, os que perderam. Nalgumas cidades, por exemplo, em Champigny-sur-Marne, há 4 ou 5 novos eleitos de origem portuguesa”, afirmou Paulo Marques, autarca de origem portuguesa reeleito na primeira volta na cidade de Aulnay-sous-Bois e também presidente da Civica, associação que agrupa os eleitos de origem portuguesa em França, em declarações à Agência Lusa.

Com uma contabilização difícil, já que França tem mais de 35 mil municípios, a Civica vai agora iniciar a identificação e estabelecer contacto com todos os eleitos de origem portuguesa.

Segundo esta associação, só na região chamada metrópole de Paris, que agrupa a capital e três regiões adjacentes, há 148 eleitos de origem portuguesa e cada vez em lugares de maior destaque.

“Há mais vice-presidentes nas Câmaras, mais conselheiros municipais com delegações e vereadores com pelouros interessantes. Em 2008, eram raros os autarcas de origem portuguesa que tinham delegação, agora eles já têm, ou seja, têm mais responsabilidades no executivo”, garantiu Paulo Marques.

Por exemplo, o novo presidente da Câmara Municipal de Dourdan, em Essone, é Paolo de Carvalho. Ainda na mesma região, também Julien Garcia conquistou a cidade de Etréchy. Uma evolução “óbvia” para Paulo Marques.

“Esta geração que está agora nos quarenta já nasceu cá em França. E, obviamente, estão inseridos na sociedade francesa. E é óbvio que cada vez vamos ter mais presidentes de Câmara das novas gerações e isso é um bom sinal porque nos vai permitir trabalhar com o objectivo de formação e informação”, indicou o autarca.

A contabilização da Cívica deve ficar encerrada antes da ‘rentrée’, em setembro, altura em que a associação vai celebrar os seus 20 anos através do lançamento de uma banda desenhada que fala sobre a diferença e da realização do seu congresso, a 7 de novembro.