Na ausência do cardeal, Brigitte Verney, presidente do Tribunal Criminal de Lyon (centro-leste), "declarou-o culpado por não ter denunciado os maus tratos contra um menor entre 2014 e 2015".

Philippe Barbarin e cinco outras pessoas são acusadas de não ter participado as agressões sexuais do padre Bernard Preynatum a um grupo de jovens escuteiros, respondendo agora em tribunal num processo de citação direta iniciado pelas vítimas.

O cardeal e arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin, garantiu ter tido conhecimento dos abusos cometidos pelo padre Bernard Preynat em 2014, quando se encontrou com uma das vítimas.

Este caso surgiu a público a 23 de outubro de 2015, dia em que a diocese de Lyon revelou que tinha recebido queixas contra o padre Bernard Preynat por "agressão sexual a menores" cometida 25 anos antes.

A 12 de janeiro de 2016, várias vítimas criaram uma associação chamada "La parole libéreé" e a 27 de janeiro o padre Bernard Preynat, que reconhece os factos, foi acusado de agressão sexual a jovens escuteiros entre 1986 e o final de 1991.

A 4 de marco de 2016, o Ministério Público de Lyon abriu uma investigação preliminar a vários líderes da diocese, incluindo o cardeal Barbarin, por "não denúncia do crime", mas foi arquivada meses depois por decisão da procuradoria de Lyon.

O processo foi retomado posteriormente por citação direta iniciada pelas vítimas, sendo agora o caso julgado pelo que é chamada "a justiça dos homens", embora o cardeal tenha recentemente dito: "Só tenho um juiz que é o Senhor".