França, membro da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, tem cerca de 200 militares destacados no Iraque, 160 dos quais em missões de formação das forças iraquianas, segundo números do Estado-Maior das Forças Armadas citados pela agência.

No conjunto do Médio Oriente, França tem destacados cerca de 1.000 militares ao serviço da operação “Chammal”, o contingente francês integrado na operação internacional contra os ‘jihadistas’.

“Após os acontecimentos em Bagdad, reforçámos, a partir de sexta-feira, o nível de proteção dos militares franceses destacados no país. Tudo foi implementado para garantir a sua segurança”, escreveu por seu lado no Twitter a ministra da Defesa, Florence Parly.

“A prioridade hoje é a mesma de ontem e de amanhã: lutar contra o Daesh [acrónimo árabe do Estado Islâmico]. A redução da tensão no Iraque e na região é indispensável: a coligação internacional deve poder continuar a sua missão”, acrescentou.

A crise entre o Irão e os Estados Unidos agravou-se depois do assassínio, na sexta-feira, do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque norte-americano em Bagdad.

Na sequência do incidente, a Alemanha anunciou a retirada temporária dos 35 militares que tem estacionados no Iraque para a Jordânia e o Kuwait e a NATO também manifestou intenção de transferir provisoriamente tropas para países vizinhos.

A Alemanha tem cerca de 120 soldados no Iraque, mas apenas os que estão colocados nas bases de Bagdad (3) e Taji (32), foram deslocados.

A NATO, que tem cerca de 500 militares no país, a maioria do Canadá, Espanha e Turquia, não especificou quantos militares vai transferir.

A Roménia, com 14 tropas no Iraque, a Croácia, também com 14, e a Eslováquia, com sete, anunciaram igualmente a transferência temporária dos seus militares, para outras bases no país ou para países fronteiriços.