Os corpos foram recuperados por equipas de resgate do serviço estatal de emergências de Kharkiv, após completarem a limpeza dos escombros dos locais atingidos pelos bombardeamentos russos, segundo as agências ucranianas, que citam fontes locais.

“Em Kharkiv, as nossas unidades removeram completamente os escombros em 98 locais”, disse Anatoli Torianyk, vice-chefe do serviço de emergências da região, citado pela agência de notícias Interfax-Ucrânia.

A região de Kharkiv e a sua capital, com o mesmo nome e a segunda cidade mais importante do país, foi uma área particularmente muito bombardeada pelos russos, que pretendiam obter acesso às regiões pró-russas no Donbass.

O chefe dos serviços de emergências também informou que cinco pessoas morreram “no cumprimento do dever”.

Dois socorristas morreram ao tentarem apagar um incêndio provocado pelos bombardeamentos, além de três especialistas em desminagem. Outros sete especialistas em desminagem ficaram feridos nos últimos dias.

De acordo com Torianyk, os especialistas em desminagem responderam entre 100 e 120 solicitações por dia nos primeiros dias após o início da invasão russa.

Em menos de três meses, atenderam um total de 4.000 emergências e neutralizaram 3.000 engenhos explosivos.

“Até hoje, recebemos mais de 2.000 ligações sobre explosivos encontrados nas ruas ou em prédios residenciais. Os nossos (especialistas) simplesmente não têm tempo suficiente para limpar tudo”, declarou Torianyk.

A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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