“Uma coisa é certa: esta guerra sairá muito cara a todos, incluindo infelizmente também para a economia portuguesa. (…) O importante nesta fase é darmos o apoio que é necessário dar à Ucrânia porque não dar esse apoio sairia mais caro ainda”, considerou.

João Gomes Cravinho falava aos jornalistas no Centro de Informação Geoespacial do Exército, em Lisboa, e foi questionado sobre a proposta do Alto Representante da UE para a Política Externa aos chefes de Estado e de Governo para duplicar o financiamento de armamento para a Ucrânia, com 500 milhões de euros suplementares.

Interrogado sobre se esse valor, no caso português, poderia ascender aos 20 milhões de euros — uma vez que a contribuição atual de Portugal se situa entre os 08 e 10 milhões — Cravinho respondeu que é uma matéria a ser estudada e ainda não há “dados concretos”.

Já quanto a portugueses que têm partido voluntariamente para a Ucrânia para ajudar forças de combate, o ministro esclareceu: “ex-militares são ex-militares portanto não acompanhamos aquilo que fazem com as suas vidas e obviamente militares no ativo estão proibidos de se deslocar para Ucrânia”.

Gomes Cravinho remeteu para o Ministério dos Negócios Estrangeiros mais informações sobre eventuais cidadãos portugueses que poderiam estar na base militar de Yavoriv, bombardeada pela Rússia no domingo.

“Eu não tenho uma informação, isto é matéria do Ministério de Negócios Estrangeiros, não é matéria do Ministério da Defesa, o que posso dizer é que o governo português desaconselha vivamente qualquer deslocação para a Ucrânia nesta fase, qualquer que seja a razão”, respondeu.