“É difícil falar sobre isso em poucas palavras. […] O que foi feito ao professor o Islão condena e o que foi feito ontem a três pessoas numa igreja em Nice também o Islão condena, categoricamente. Portanto, isto não tem nada a ver com a prática do Islão”, disse o xeque Munir.

De acordo com David Munir, as pessoas perdem a razão ao reagir de forma emocional, explicando que se deve discutir o porquê de se estar “a dar uma imagem negativa ao falar sobre o profeta [Maomé]”, utilizando caricaturas.

“Há várias formas de agirmos àquilo que não nos agrada. Infelizmente está a parecer como uma bola de neve”, atentou, ressalvando que “cada comunidade islâmica é diferente”.

O líder religioso explicou ainda que a comunidade islâmica portuguesa está integrada em Portugal.

“[…] A comunidade islâmica é uma comunidade portuguesa. […] Nós somos portugueses, a nossa cultura é a portuguesa. A única diferença é a religião e cada um tem a sua crença. Nós não reagimos como algumas pessoas têm reagido em França. Nós simplesmente falamos sobre o profeta”, salientou.

O ataque de quinta-feira na cidade de Nice, que provocou três mortos, ocorreu duas semanas depois da decapitação de um professor na região parisiense, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

Numa homenagem ao professor, Samuel Paty, o Presidente francês, Emmanuel Macron, reiterou o compromisso de França com a liberdade de expressão, incluindo a publicação de caricaturas

As declarações do chefe de Estado francês suscitaram contestação em vários países muçulmanos, incluindo manifestações e boicotes aos produtos franceses.

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