Questionada pela Lusa sobre o inquérito, realizado numa turma da Escola Básica Francisco Torrinha, no Porto, fonte oficial do Ministério da Educação afirmou que, “após recolha de informação, o assunto foi encaminhado à Inspeção-Geral de Educação e Ciência”.

Na quarta-feira, o ME tinha já pedido esclarecimentos à escola sobre a “ficha sociodemográfica” distribuída no âmbito da disciplina “Cidadania” a pelo menos uma turma de estudantes de 09 e 10 anos da escola básica (EB) Francisco Torrinha, segundo informações divulgadas nas redes sociais e confirmadas junto de encarregados de educação.

“O ME não conhecia o inquérito em questão. Sabe-se, para já, que é um caso isolado. O ME está a apurar informação junto do estabelecimento escolar em causa”, lê-se na resposta da tutela dada naquele dia.

Contactada pela Lusa, a Associação de Pais da Escola Básica Francisco Torrinha, no Porto, considerou “desadequado” o inquérito, indicando que será a tutela a “esclarecer a situação”.

“O inquérito é, de facto, desadequado para uma turma do 5.º ano, mas os pais estão calmos e a maior parte dos alunos não percebeu bem a questão que lhe foi colocada. O Ministério da Educação [ME] está a par e vai agora tentar esclarecer a situação”, disse à Lusa uma representante da associação de pais.

A Lusa tentou também, mas sem sucesso, obter na quarta-feira uma reação da coordenação da Escola Francisco Torrinha e da sede do agrupamento, a Escola Garcia de Orta.

De acordo com um encarregado de educação ouvido pela Lusa, numa reunião de pais dos alunos do 5.º ano os responsáveis pelos alunos “foram avisados da existência” da disciplina “Cidadania”, no âmbito da qual “se abordariam temas como as relações interpessoais e violência no namoro”.

Os encarregados de educação receberam um papel em casa para autorizar a participação dos seus filhos nesta disciplina, mas não esperavam que fossem colocadas questões como estas, acrescentou o mesmo encarregado de educação.

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