“Após uma avaliação da situação de segurança, o ministro da Defesa, Benny Gantz, decidiu suspender o aumento da quota de autorizações de entrada em Israel concedidos a residentes palestinianos da Faixa de Gaza e destinados a trabalho e comércio”, informou hoje o COGAT, organismo militar que controla os assuntos civis nos territórios palestinianos.

Na passada quinta-feira, Israel anunciou o aumento desta quota em 2.000 novas autorizações, para um total de 14.000, uma decisão agora cancelada após o lançamento do foguete, confirmou o COGAT.

“A organização terrorista Hamas é responsável por todas as atividades dirigidas contra Israel desde a Faixa de Gaza e assumirá as consequências”, indicou esta divisão do exército israelita, que esta manhã bombardeou instalações do braço armado do Hamas no enclave, numa outra medida de represália.

A Faixa de Gaza permanece sob bloqueio israelita por terra, mar e ar desde a subida ao poder dos islamitas do Hamas em 2007, e que provocou uma situação económica muito precária e motivada em particular por 15 anos de isolamento, com um elevado desemprego entre os seus 2,1 milhões de habitantes, e que atinge 70% dos jovens.

O Governo israelita autorizou de forma progressiva uma maior quota de licenças de trabalho para palestinianos de Gaza e da Cisjordânia ocupada para libertar a pressão sobre a sua frágil economia, estabilizar a situação regional e melhorar a relação com as autoridades palestinianas.