O candidato apoiado pelo PCP e PEV votou na Escola Secundária do Lumiar, em Lisboa, tendo esperado na fila cerca de 30 minutos.

No final, em declarações aos jornalistas, João Ferreira realçou que “o cenário é de grande tranquilidade” nesta assembleia de voto, estando a votação a decorrer com “segurança e tranquilidade”.

“Apenas numa secção de voto, que foi a minha, as coisas estiveram mais demoradas. Em todo o caso, em cerca de 30 minutos, fiquei despachado, isso não é nada quando podemos decidir sobre aquilo quer se vai passar nos próximos cinco anos”, advogou, destacando que existe “uma organização dos processos, dos procedimentos, das deslocações, com bastante material desinfeção, com os membros das mesas bastante protegidos”.

Apontando que “na generalidade das mesas a coisa até está a correr mais rapidamente, com uma grande tranquilidade, com sentimento de segurança”, o candidato comunista espera “uma participação ampla de todos aqueles que o possam fazer”.

“Sabemos, infelizmente, que há muita gente que neste momento não vai poder votar porque está doente nas suas casas ou em isolamento profilático, mas pelo menos que todos os outros que o podem fazer, que o façam, acho que seria importante que isso acontecesse”, insistiu.

João Ferreira destacou que esta eleição é um momento importante para o país, pelo momento “complexo, difícil, exigente da vida nacional”.

“Esta eleição vai pesar na forma como vamos conseguir ultrapassar este momento difícil, e vai pesar no que será o curso das nossa vidas nos próximos cinco anos. E, portanto, evidentemente que é uma eleição importante, muito importante”, advogou.

Questionado se a afluência às urnas pode ajudar a eleger o próximo Presidente da República já hoje, e evitar a necessidade de uma segunda volta, o candidato afirmou que “isso depende das opções que as pessoas façam”, apontando não ser possível “deduzir da afluência ou da abstenção se vai ou não haver segunda volta”.

O candidato a Presidente da República deixou ainda “uma palavra de agradecimento aos milhares de trabalhadores e de voluntários que estão a assegurar esta votação, também eles em condições diferentes do habitual”, considerando que eles “têm um papel fundamental para que tudo corra bem”, e estão a exercê-lo “muito corretamente”.

Portugal elege hoje o 20.º Presidente da República e o sexto em democracia. Para o sufrágio estão inscritos 10.865.010 eleitores, mais 1.208.536 do que nas eleições presidenciais de 2016.

Os sete candidatos aparecem no boletim de voto pela seguinte ordem: Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP), Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

As assembleias de voto para as eleições presidenciais abriram às 08:00 em Portugal Continental e na Madeira, encerrando às 19:00. Nos Açores abriram e encerram uma hora mais tarde devido à diferença horária.