Segundo o Ministério Público (MP), o jornalista, que estava desaparecido desde sábado, foi encontrado com vida na noite de terça-feira por funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) enquanto caminhava pela autoestrada Caracas – La Guaira (norte), após ter sido vítima de sequestro.

“Ele disse aos funcionários militares que tinha sido raptado em Boleíta”, explicou o MP no Twitter, precisando que o jornalista apresentava sinais de espancamento e caminhava apenas em roupa interior, tenho recebido, depois, assistência médica.

O jornalista explicou a uma colega que o sequestro “foi uma mensagem para todos os trabalhadores da imprensa”, defendendo que para ele “informar não é um crime”.

Jesus Medina disse que esteve fechado dentro de um quarto durante pelo menos 52 horas, sem ter recebido qualquer tipo de alimentos ou bebidas.

Por outro lado, através do Twitter, agradeceu a “Deus, a Nossa Senhora e aos companheiros da imprensa” pela pressão que fizeram para que fosse libertado.

“Torturaram-me e ameaçaram matar-me. Voltei para continuar a informar a verdade e para lutar mais pelo meu país, na Venezuela”, escreveu numa outra mensagem.

Como jornalista, Medina tinha denunciado o cultivo de marijuana, e descrito como os presos viviam na prisão de Tocorón: com acesso a um jardim zoológico, a um parque infantil, piscinas, um banco, entre outros luxos.

Na reportagem participaram ainda dois jornalistas estrangeiros, Roberto Di Matteo (italiano) e Filippo Rossi (suíço) que depois de terem recebido autorização para entrar com equipamento de vídeo e telemóveis, foram também detidos pelo diretor, Rigoberto Fernández, e acusados de tentar usar esse equipamento para “desprestigiar” a direção da prisão.

Uma fotografia dos três jornalistas foi divulgada nas redes sociais, levando um procurador do MP a deslocar-se ao local, o que resultou na sua libertação.

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