No local, o SAPO24 apurou que em causa está a estabilidade do prédio n.º 89-91. Fonte dos bombeiros disse que o edifício esteve a ser evacuado por questões preventivas, porque há perigo iminente de derrocada da fachada lateral esquerda.

O alerta para o risco de "queda de estruturas" na rua Tomás Ribeiro foi dado pelas 12:48 devido ao aparecimento de “fendas no prédio”, mobilizando para o local 10 operacionais dos bombeiros, com três viaturas de socorro, segundo contou o chefe Joaquim Afonso do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa.

O chefe Joaquim Afonso, do RSB, apontou como causa para as fissuras a realização de obras num terreno ao lado, que incluem escavações.

No prédio de sete pisos encontra-se instalada uma residência masculina da Universidade de Lisboa, que dispõe a capacidade de alojamento de 31 estudantes.

Em declarações à Lusa, o diretor dos Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, Carlos Dá Mesquita, adiantou que se procedeu à retirada dos 31 estudantes e o seu realojamento na Pousada de Juventude, acrescentando que a partir de terça-feira serão distribuídos por outras residências da capital.

Entretanto, numa nota enviada à Lusa, fonte da Câmara Municipal de Lisboa (CML) disse que, além dos estudantes, este prédio n.º89-91 é ocupado “pelo Sindicato dos Magistrados Judiciais, por uma agência de viagens, uma clínica e por dois agregados [familiares] - um de quatro e outro de três pessoas, respetivamente, ocupando dois fogos diferentes”.

“Informada em dezembro de 2019 pelos seus ocupantes da existência de fissuras nas paredes do prédio, a CML deslocou-se ao local, fez vistoria e foram colocados fissurómetros (instrumentos de medição) de modo a monitorizar o imóvel”, explicou a autarquia, referindo que foi pedido aos moradores que dessem o alerta “logo que os fissurómetros rompessem, o que hoje se verificou”.

Neste âmbito, a autarquia “evacuou de imediato o edifício”, assegurou a CML.

Em termos de realojamento, os estudantes foram encaminhados para a Pousada de Juventude, enquanto “o agregado que é proprietário da habitação onde vivia, optou por recorrer a soluções próprias para realojamento” e, no caso do outro fogo, que era arrendado, o realojamento do agregado foi assegurado pelo seu proprietário.

A CML disse, ainda, que “o imóvel foi sujeito a vistoria à qual se seguirá uma intimação para realização de obras de conservação”.

“As pessoas só deverão regressar às suas casas depois de se realizarem as obras necessárias a conferir segurança ao edifício, sujeitas a prévia fiscalização por parte da CML”, concluiu a autarquia.

Foi criado um perímetro de segurança junto ao prédio, impedindo a circulação a pé.

No edifício à direita do prédio afetado, no número 93, alguns dos ocupantes manifestaram preocupação, mas as autoridades garantiram que não seria necessário proceder à sua retirada.

[Notícia atualizada às 19:38]