Na cerimónia militar comemorativa do 10 de Junho, no Funchal, Marcelo Rebelo de Sousa Sousa referiu que a pandemia de covid-19 está “no fim ou quase no fim” e prestou homenagem aos “milhares e milhares” de portugueses que cuidaram dos outros nestes anos “longos e dolorosos”, palavras que motivaram palmas por parte da assistência.

“Simbolizando todos eles, num dia que é de Portugal, que é das comunidades, mas que é também das Forças Armadas, homenageando – tal como o farei brevemente com as forças de segurança – hoje as Forças Armadas, os seus três ramos, Armada, Exército e Força Aérea, e quem conjugou um esforço comum, o Estado-Maior-General das Forças Armadas”, completou.

Antes de lhes atribuir as insígnias de membro honorário da Ordem Militar de Cristo, o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas considerou que os militares “bem merecem” esta distinção, “pela intervenção que tiveram nos lares, com a emergência, pela preparação das escolas, pela garantia da vacinação em massa, por terem estado sempre quando, onde e como era imprescindível”.

No seu discurso, de 15 minutos, Marcelo Rebelo de Sousa deixou depois “uma palavra ainda mais forte e mais rendida e emocionada para com as mulheres e os homens que na saúde por todo o país salvaram vidas e velaram por pacientes”, o que levou a novo aplauso por parte da população concentrada na Avenida do Mar, no Funchal.

“Homenagear esses heróis, tenho repetido, não é apenas condecorar como eu fiz há um ano os primeiros no embate da pandemia, é condecorá-los a todos, recordando-os, agradecendo-lhes e continuando a proporcionar-lhes no futuro ainda mais recursos e condições para servirem a comunidade nacional que somos todos nós”, defendeu.

O Presidente da República apontou a médica Carmo Caldeira, diretora do serviço de cirurgia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, que presidiu à comissão organizadora deste 10 de Junho, como representante de todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento de doentes com covid-19.

“Ela própria clínica que lutou contra a pandemia, como no passado tinha lutado em tantas tragédias dos últimos anos, mas que é apenas uma dos sem número que cumpriram a sua missão, excedendo-se nesse cumprimento, antes, durante e depois de conhecerem o vírus na sua própria saúde”, elogiou.

No fim da sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa descreveu este dia como memorável e assinalou as diferenças em relação às celebrações do Dia de Portugal no ano passado.

“No 10 de Junho de 2020 éramos oito – oito – naquele claustro do Mosteiro dos Jerónimos, saídos de uma vaga, desejando que outras não viessem prolongar dor e adiamento. Hoje somos aqui dezenas, centenas, milhares ao longo destas avenidas, destas ruas, deste Funchal, desta Madeira, deste Portugal, a querer dizer que a vida continua, a nossa vida continua, a nossa vida recomeça”, exclamou, recebendo palmas.

“A nossa vida reconstrói-se, olhando para o futuro, fiéis a quase nove séculos de História, sempre sob o signo da eternidade”, concluiu o chefe de Estado.

Em 2020, face à evolução da pandemia da covid-19, Marcelo Rebelo de Sousa cancelou as comemorações do 10 de Junho que estavam previstas para a Madeira e para a África do Sul e optou por assinalar a data com uma “cerimónia simbólica” no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, apenas com os dois oradores e seis convidados.

O chefe de Estado prometeu que em 2021 as celebrações do Dia de Portugal iriam decorrer na Região Autónoma da Madeira, onde chegou na segunda-feira à noite, com um programa intenso, que termina hoje com esta cerimónia comemorativa do 10 de Junho – a primeira do seu segundo mandato de cinco anos, iniciado em 09 de março passado.

Nesta cerimónia militar estiveram também presentes o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, e o presidente do Governo Regional da Madeira, e os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional, entre outros convidados.

Estas comemorações do 10 de Junho iriam prosseguir em Bruxelas, junto dos portugueses residentes na Bélgica, coincidindo com o final da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, mas esse programa no estrangeiro acabou por ser cancelado devido à situação sanitária local.

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