O chefe de Estado viajou a partir de Cabo Verde num Falcon da Força Aérea Portuguesa que aterrou no Aeroporto Internacional de Abidjan pelas 00:10 (1:10 em Lisboa), onde foi recebido, na pista, pelo ministro de Estado e da Defesa, Hamed Bakayoko, e por mais meia dúzia de ministros e outras autoridades costa-marfinenses.

Marcelo Rebelo de Sousa teve um breve encontro com as autoridades da Costa do Marfim e nas instalações interiores e exteriores do aeroporto tinha e à sua espera dezenas de chefes tradicionais, que cumprimentou um por um, acompanhado por Hamed Bakayoko.

À saída do aeroporto, o chefe do Estado saiu do carro para ir ao encontro de dezenas de jovens que se concentravam na beira da estrada com t-shirts onde se lia que “o honorável Touré Alpha Yaya”, que é deputado, “e a Associação de Jovens da Costa do Marfim saúdam sua excelência Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República de Portugal”.

“Marcelo, Marcelo”, gritavam alguns dos jovens por quem o Presidente passou, cumprimentando-os em passo rápido, e entrando novamente na viatura.

No percurso até ao hotel onde ficará instalado durante esta visita, havia bandeiras de Portugal e cartazes com a dar-lhe as boas-vindas numa língua local: “Akwaba”.

A sua chegada a Abidjan, capital económica da Costa do Marfim, estava prevista para as 21:20 (22:20 em Lisboa), e segundo o programa divulgado, Marcelo Rebelo de Sousa seria recebido pelo Presidente da República da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, o que, a esta hora tardia, acabou por já não acontecer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se hoje com o seu homólogo costa-marfinense, Alassane Ouattara.

Os dois chefes de Estado terão um encontro no Palácio Presidencial, em Abidjan, a capital económica da Costa do Marfim, antecedido por uma cerimónia de boas-vindas com honras militares e pela assinatura de acordos bilaterais, com uma conferência de imprensa no final.

Depois, o programa de Marcelo Rebelo de Sousa inclui um almoço com empresários portugueses, o encerramento de um fórum económico, uma visita a um hospital de cuidados materno-infantis e um jantar oficial oferecido pelo seu homólogo.

A Costa do Marfim abriu uma embaixada em Lisboa em julho de 2016 e o Presidente costa-marfinense esteve em Portugal, numa visita inédita, em setembro de 2017, ano em que a TAP retomou os voos entre os dois países.

O número de empresas portuguesas exportadoras para a Costa do Marfim tem vindo a crescer anualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo passado de menos de cem, em 2011, para 215, em 2017, e a balança comercial é positiva para Portugal.

Quando recebeu Ouattara em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que as relações bilaterais têm vindo a fortalecer-se "a um ritmo que ultrapassou as expectativas", com "um salto ainda mais espetacular" no plano económico.

Na sexta-feira, o chefe de Estado irá receber o Diploma de Cidadão Honorário e a Chave da Cidade de Abidjan, o que implica uma "cerimónia de elevação a chefe tradicional", e um doutoramento honoris causa na Universidade Félix Houphouët-Boigny.

Antes de regressar a Lisboa, o Presidente da República visitará ainda o Centro de Tratamento de Resíduos de Abidjan, operado pela Mota-Engil, e terá encontros com representantes da comunidade portuguesa na Costa do Marfim, estimada em cerca de 200 pessoas, e com alunos de língua portuguesa.

Após a instauração da democracia em Portugal, foram estabelecidas relações diplomáticas entre os dois países, em 28 de janeiro de 1975.

Marcelo Rebelo de Sousa é o segundo Presidente português a visitar esta antiga colónia francesa que se tornou independente em 1960, depois de Mário Soares, que esteve na Costa do Marfim em novembro de 1989.

Esta é a sua 15.ª visita de Estado desde que tomou posse como Presidente da República, em março de 2016.

Integram a sua comitiva o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, os deputados Jorge Paulo Oliveira, do PSD, João Marques, do PS, e Diana Ferreira, do PCP, e o presidente da Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques.

O secretário de Estado da Internacionalização, que no mês passado esteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, na Costa do Marfim, afirmou que este é um dos países africanos que podem ter "um papel muito importante" na internacionalização da economia portuguesa.

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