Marcelo Rebelo de Sousa estava a entrar no edifício da Reitoria da Universidade do Porto para participar no 108.º aniversário da instituição e já tinha prometido aos lesados que os receberia “em Belém”, quando o grupo de cerca de dez pessoas se agitou, empurrando a comitiva, esbracejando e gritando “Ladrões”, “Prisão” e “Basta de me manter calado”.

“Roubaram o meu dinheiro”, “Gatunos”, “Prisão imediata para esses ladrões” e “Quero o meu dinheiro” foram outras das palavras dos lesados do BES/Novo Banco, visivelmente nervosos, à entrada do chefe de Estado no edifício.

Marcelo Rebelo de Sousa foi abordado por um dos lesados mal chegou à Praça Gomes Teixeira, onde se situa a reitoria, que lhe explicou que queria ter “uma pequena conversa” e perguntou se seria melhor naquele momento “ou depois”.

“Continuamos à espera do que é nosso. Fizeram soluções para ajudar alguns senhores com apoio de advogados para usufruírem de 3% de comissões. Estamos rejeitados, postos de parte”, alertou o representante do grupo.

O chefe de Estado considerou “mais simples” deixarem a um dos membros da sua comitiva “a indicação” e os contactos, “para depois irem lá a Belém”.

“Boa solução, senhor Presidente”, respondeu o porta-voz.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve depois a falar com um grupo de precários da Universidade do Porto que não foram integrados naquela instituição após o Programa de Regularização Extraordinária dos vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), e com um grupo de precários da agência Lusa, até que os ânimos dos lesados subiram de tom.

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