“A violência não dará legitimidade ao derrube ilegal de um Governo eleito democraticamente. A disparar contra cidadãos desarmados, as forças de segurança mostraram um flagrante desrespeito ao direito internacional e devem ser responsabilizadas”, advertiu Josep Borrell, em nota enviada à imprensa.
Nas últimas horas, houve um aumento acentuado da violência contra os manifestantes, com o uso de balas de borracha, canhões de água e gás lacrimogéneo, para além de munições reais, matando pelo menos 18 pessoas e fazendo mais de 30 feridos em várias cidades, incluindo Rangum, Dawei, Mandalay, Bago e Pokokku.
A ONU afirma ter "informações credíveis" de que pelo menos 18 pessoas foram mortas hoje na violenta repressão aos protestos contra o golpe de estado em Myanmar (antiga Birmânia).
“As forças militares devem imediatamente cessar o uso da força contra civis e permitir que a população tenha o direito de fazer uso da liberdade de expressão. A União Europeia tomará brevemente medidas como resposta a estes acontecimentos”, anunciou Josep Borrell.
Na passada segunda-feira, a União Europeia decidiu sancionar os interesses económicos e financeiros dos militares, durante uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros.
As sanções deverão ser finalizadas nos próximos dias e entrarão em vigor após publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
As manifestações têm-se repetido de forma ininterrupta desde o golpe de estado em 1 de fevereiro que destituiu a chefe do Governo civil, Aung San Suu Kyi, colocando os militares de regresso no poder, após um interregno de 10 anos.
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