Netanyahu, que falava na abertura do conselho de ministros, referiu ter conversado com Putin e que ambos concordaram em “encontrar-se em breve a fim de prosseguirem com a importante coordenação securitária” entre os dois exércitos.
Trata-se do primeiro encontro entre os dois políticos, depois de, em 17 de setembro último, um avião russo ter sido abatido, por erro, na Síria durante um ataque israelita na Síria.
Segundo um comunicado do Kremlin, o primeiro-ministro israelita fez o pedido ao Presidente russo no dia do aniversário deste.
Nesta conversa, e segundo a agência France Presse, o primeiro-ministro israelita voltou a prometer que continuará a impedir o “Irão de estabelecer uma presença militar na Síria e de transferir as armas letais do Hezbollah no Líbano”.
Os dois dirigentes conversaram três vezes por telefone depois do incidente com o avião que causou a morte a 15 militares russos.
O exército da Rússia acusou os pilotos israelitas de terem usado o avião russo como cobertura para escaparem ao fogo sírio, o que Israel negou, argumentando que quando o avião foi atingido este já se encontrava em espaço israelita.
Na sequência deste incidente, a Rússia anunciou novas medidas de segurança tendentes a proteger o seu exército na Síria, entre as quais o reforço da defesa antiaérea do regime, com a colocação de baterias S-300 e a interferência das comunicações dos aviões que se encontrassem nas proximidades.
A Rússia está comprometida, desde o final de 2015, com o regime sírio no combate contra rebeldes e jihadistas, assim como com o Irão e o Hezbollah, dois inimigos de Israel.
Em 2015, Israel e Rússia puseram em prática um mecanismo de redução de conflito de modo a evitarem confrontos entre os militares dos dois países na Síria.
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