1. O Ártico continua a desaparecer. Quanto mais tempo irá durar?

O Ártico está a “desfazer-se” mais depressa do que os cientistas tinham previsto e, se as emissões de gases de efeito de estufa permanecerem na trajetória atual, poderá haver uma aumento da temperatura global em até 4ºC até 2050, diz o The Guardian.

Planeta A

Uma volta ao mundo centrada nos temas que marcam.

Todas as semanas, selecionamos os principais trabalhos associados à rede Covering Climate Now, que o SAPO24 integra desde 2019, e que une centenas de órgãos de comunicação social comprometidos em trazer mais e melhor jornalismo sobre aquele que se configura como um tema determinante não apenas no presente, mas para o futuro de todos nós: as alterações climáticas ou, colocando de outra forma, a emergência climática.

No final de julho, a última plataforma de gelo totalmente intacta do Canadá deixou de existir: 40% da plataforma de gelo Milne, que tem 4 mil anos, desabou no mar. O norte da Sibéria e o Ártico canadiano estão agora a aquecer três vezes mais rápido do que o resto do mundo. Na última década, as temperaturas do Ártico aumentaram em quase 1ºC.

O The Guardian, em uma reportagem multimédia, analisa o quão prejudicial são as mudanças climáticas para este ecossistema frágil e o que ainda podemos fazer para prevenir que desapareça por completo. 

Para ler na íntegra em The Guardian 

2. A maior agência de energia do mundo está a exigir cortes de carbono agressivos

No seu relatório anual, a Agência Internacional de Energia (IEA) afirma que o mundo está a caminho de um aquecimento acima da meta do Acordo de Paris de 1.5ºC. 

A agência, notória pelo seu conhecimento sobre combustíveis fósseis, traçou um plano para os países passarem a usar mais energia renovável em um cronograma agressivo. Retirar substancialmente os combustíveis fósseis do sistema energético, refere a Bloomberg News, custaria 25% mais do que os 46 biliões de euros de investimento previstos até 2040.

“Há muito trabalho a ser feito no setor de energia”, disse a diretora executiva da IEA, Fatith Birol. “Mas as ações do setor de energia não serão suficientes.”  Além do investimento, as pessoas em todo o mundo — não apenas em países desenvolvidos e megacidades — terão de adotar mudanças comportamentais sem precedentes. 

Para ler na íntegra em Bloomberg Green 

Rio Grande seco, no Novo México,
créditos: NM PBS

3. O Rio Grande, no Novo México, está seco há meses. Qual foi o impacto que teve?

Durante todo o verão o Rio Grande, no Novo México esteve seco. Face às condições secas e quentes que persistem agora durante o outono, a New Mexico PBS examinou os impactos perigosos que a seca do rio pode ter sobre a vida selvagem local.

Os fluxos baixos e os trechos secos afetam espécies ameaçadas de extinção e outras aves migratórias que chegam ao Novo México para a estação.

Para ver na íntegra em New Mexico PBS

4. Sim, há lixo no Espaço. E o problema é tão ou mais grave do que na Terra

Engane-se quem pensar que o Homem apenas polui o planeta azul. A exploração espacial humana resulta tanto em benefícios para a sociedade, como também causa consequências negativas. A poluição espacial em órbitas terrestres é uma das mais graves, e pode até pôr em causa o futuro espacial.

Por isso, é fundamental mitigar e prevenir a acumulação de lixo espacial, tendo uma estratégia de sustentabilidade espacial. Atualmente já há nações espaciais que começaram a juntar esforços no controlo de detritos espaciais através de colaboração internacional.

Para ler na íntegra em SAPO24

Resgatar o Futuro, Não o Lucro
créditos: Resgatar o Futuro, Não o Lucro

Por cá: Ativistas saem à rua neste sábado para “Resgatar o Futuro, Não o Lucro”

Cerca de quatro dezenas de associações e coletivos exigem “um plano massivo de empregos públicos para resgatar as pessoas e o clima”, como pode ser lido num comunicado a que o SAPO24 teve acesso. A plataforma “Resgatar o Futuro, Não o Lucro” convocou três protestos para este sábado, 17 de outubro: Lisboa, Guimarães e Porto. 

“O que nós queremos é uma resposta para a situação de emergência que atravessamos”, disse um dos porta-vozes da plataforma, Manuel Araújo, em entrevista ao SAPO24. Explica ainda que esta emergência é social e económica, mas também climática: “houve uma queda inédita do PIB, várias pessoas ficaram desempregadas e não conseguem pagar as rendas de casa. Mas ao mesmo tempo continua a haver uma crise climática que torna-se cada vez mais intensa e prestes a tornar-se irreversível - por exemplo, só neste verão 4,7 milhões de pessoas foram afetadas por cheias no Bangladesh”. 

A solução que a plataforma defende é que sejam aplicados planos e medidas de recuperação que tenham como prioridade “direitos e respostas às necessidades básicas e condições de habitabilidade do planeta” ao invés  da “maximização do lucro”.

No fim da manifestação irá haver alguns discursos sobre vários temas: sobre o orçamento de estado irá falar o membro do Climáximo (coletivo pela ação climática) João Reis; trabalho, precariedade social e empregos para o clima estará a cabo dos Precários Inflexíveis (associação de combate à precriedade); serviços públicos, que inclui os temas de habitação e feminismo, pelas vozes d’A Coletiva (coletivo feminista) e do Rés do Chão (associação pelo direito à habitação); também a Greve Climática Estudantil marca presença, com uma intervenção sobre a ação climática: estratégia 2030 e o Acordo de Glasgow; por fim, o SOS Racismo e o Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa irá falar sobre o racismo e a extrema direita. 

Apesar de ser uma convocatória aberta, esperam contar com cerca de 50 pessoas em Guimarães, 150 no Porto e 350 em Lisboa. 

Questionado sobre o porquê de não adiarem as concentrações face à situação de calamidade declarada na última quarta-feira, o porta-voz esclarece: “Há uma emergência absoluta atual e é uma coisa que não pode esperar para mais tarde. A crise climática continua a matar pessoas e a crise social também o irá fazer. Por isso temos de exigir respostas de emergência agora”. Acrescenta ainda, “vamos fazer isto com toda a segurança e todos os cuidados”

A plataforma garante que irão ser cumpridas as medidas de segurança recomendadas pela DGS, nomeadamente o uso de máscara obrigatório. Haverá também uma equipa de cuidados que estará responsável por distribuir álcool gel e garantir o distanciamento entre as pessoas.

Este protesto está integrado na onda de mobilizações da plataforma By 2020 We Rise Up e contará com a participação das seguintes organizações: A Coletiva; Art for Change; Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis; Biogleba – AJ; Brigada Estudantil; Chão das Lutas – Associação pelo direito à habitação; Circular Economy Portugal; Climáximo; Coletivo Andorinha – Frente Democrática Brasileira de Lisboa; Coletivo Feminista de Letras; Cooperativa Mula; DocVozes; Fábrica de Alternativas; Feminismos Sobre Rodas; Frente Unitária Antifascista; GAAL – Grupo de Acção Antifascista de Lisboa; Greve Climática Estudantil – Algarve; Greve Climática Estudantil – Aveiro; Greve Climática Estudantil – Guarda; Greve Climática Estudantil – Guimarães; Greve Climática Estudantil – Lisboa; HeForShe Portugal; HuBB – Humans Before Borders; Lisbon Climate Save; Marcha Mundial das Mulheres Portugal; Movimento Cannabis; Movimento do Centro contra a Exploração de Gás; Mulheres na Arquitetura; Núcleo Antifascista de Guimarães; Plataforma Antifascista de Lisboa e Vale do Tejo; PTRevolutionTV; Rede IPMCLO – Rede de Informação Portugal Mães e Crianças Livres de Opressão; Soro Collective; SOS HANDLING; SOS Racismo: STCC – Sindicato dos Trabalhadores de Call-Center: Tipping Up – media activism; TROCA – Plataforma por um Comércio Internacional Justo; UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta; e União Libertária.

Seleção e edição por Larissa Silva

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