Os estragos verificam-se num troço de cerca de dois quilómetros na freguesia de Fiães e, segundo disse à Lusa o presidente da Câmara da Feira, resultam “de um comportamento totalmente gratuto e idiota porque quem não tem o que fazer a não ser destruir o trabalho dos outros”.

Emídio Sousa dá pormenores: “Vê-se perfeitamente que aquelas traves foram destruídas a pontapé, pela calada da noite, porque só nessa altura é que os responsáveis lá podiam andar a fazer asneiras sem ninguém os detetar”.

O autarca quer recuperar a estrutura, mas admite que esta não é a melhor fase para o conseguir. “Além de estarmos limitados em termos de mão-de-obra, há pouca disponibilidade daquele tipo de madeira nesta altura e isso também vai aumentar os preços”, disse.

Essa escassez deve-se sobretudo às limitações resultantes da pandemia de covid-19, nomeadamente ao nível da importação de madeiras adequadas a uso exterior.

"O material ainda tem que ser sujeito a um tratamento especial para ser mais resistente às diferentes condições atmosfericas", pelo que a estimativa de Emídio Sousa é que a substituição das peças de madeira destruídas "ainda vá custar uns quantos milhares de euros"

O percurso pedonal junto ao rio Uíma e respetivas ribeiras envolve terrenos públicos e privados ao longo de uma área protegida em que estão identificadas espécies como salamandras de pintas amarelas, rãs ibéricas, pirilampos e até escaravelhos de espécies contemporâneas dos dinossauros.

Entre árvores já existentes no local e outras plantadas pelo projeto Futuro – 100.000 Árvores na Área Metropolitana do Porto, podem ainda encontrar-se lontras, cobras-de-água, sapos corredores, morcegos-anões, garças-reais, águias de asa redonda, libelinhas e rouxinóis-bravos, entre outras espécies animais e vegetais, como lírios amarelos dos pântanos, amieiros, sabugueiros e taboas.