O deputado comunista Bruno Dias falava aos jornalistas na Assembleia da República quando foi questionado sobre a notícia avançada hoje pelo Observador.

“Relativamente aos desenvolvimentos de eventuais questões sobre a senhora ministra [Ana Abrunhosa], consideramos que os processos devem ser claramente investigados e devem ser esclarecidos para que seja cabalmente demonstrada a regularidade e o rigor destes processos”, defendeu o comunista.

Bruno Dias pediu “transparência e integridade” e “que se cumpra a lei, porque a lei é para todos”.

O deputado foi também questionado sobre a atitude da deputada socialista Isabel Guerreiro, durante a audição da ministra Ana Abrunhosa esta manhã, que pediu para que fosse retirado das atas e da gravação da comissão parlamentar de Poder Local o momento em que o deputado Carlos Guimarães Pinto (IL) pediu a demissão da governante.

“Manifestamente isso não é uma possibilidade, a questão está ultrapassada mesmo antes de ser levantada”, sublinhou Bruno Dias.

Segundo o Expresso, o deputado liberal Carlos Guimarães Pinto questionou esta manhã a governante sobre a “questão ética” subjacente ao facto de só uma das empresas detidas pelo cônjuge, a Thermalvet, ter recebido 133 mil euros da União Europeia (UE) e pediu que devolvesse o dinheiro ou se demitisse.

De acordo com o Observador, a Thermalvet, detida a 40% pelo marido de Ana Abrunhosa, recebeu 133 mil euros de um total de 303.275 euros, o que corresponde a mais de um terço dos fundos comunitários recebidos pelo país. Esta empresa foi fundada em outubro de 2020, 15 dias antes do arranque do projeto.

Já a Xiapu, empresa que conta com uma participação indireta do conjugue da ministra, recebeu 66.015 euros no quadro do programa Compete 2020.

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