Um ataque com drones a um edifício em Kiev, capital ucraniana, foi confirmado por jornalistas da agência francesa, referindo que socorristas retiraram pelo menos um corpo com um uniforme militar do edifício de sete andares.

Soldados presentes no local relataram um ataque de drones “kamikaze” pelo exército russo, um dos quais foi abatido, sendo visíveis restos do aparelho no chão não muito longe do local.

Um membro dos serviços secretos militares, questionado junto ao edifício atacado, referiu-se a um ataque aéreo realizado com recurso a drones do tipo “Orlan”, um tipo de veiculo não tripulado desenvolvido na Rússia, dizendo que tinha matado três pessoas — o que não foi possível confirmar – e causado um incêndio.

“Dois dos dispositivos foram abatidos”, disse a mesma fonte, que pediu anonimato.

Este ataque coincidiu com um apelo do vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Federov, à DJI Technology Co., sediada em Shenzhen, perto de Hong Kong, um dos maiores fabricantes de drones de uso civil, muito usados por fotógrafos e empresas, por exemplo.

As forças russas “estão a usar produtos DJI para direcionarem mísseis”, escreveu Federov numa carta dirigida à empresa e divulgada no Twitter, pedindo que desative os drones na Ucrânia que foram comprados e ativados na Rússia, Síria ou Líbano.

“Bloqueiem os vossos produtos que estão a ajudar a Rússia a matar os ucranianos!”, lê-se na carta divulgada no Twitter.

A empresa respondeu que não pode desativar os drones individuais, mas pode impor restrições de ‘software’ que normalmente são usadas para mante-los longe de aeroportos ou outras áreas sensíveis, avisando contudo que “não é infalível” e isso afetaria todos os drones DJI na Ucrânia.

A empresa está “disponível para discutir estas questões”, adiantou a DJI, que não respondeu ao apelo de Federov para parar de fazer negócios com a Rússia.

Federov disse ter informação de que os russos usaram uma versão da tecnologia AeroScope da DJI adquirida na Síria.

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