Ao abrigo dos n.ºs 1 e 2.º do artigo 24.º da Lei de Imprensa, vimos pelo presente proceder ao direito de resposta relativo ao artigo de opinião de Patrícia Reis: “A inexplicável ponte de Tavira, o protesto dos cidadãos e a câmara municipal”, publicado, no dia 27 de novembro, no SAPO24.

Na sequência deste artigo, importa esclarecer e repor a verdade das considerações formuladas por Patrícia Reis relativamente à construção da nova ponte de Tavira.

A Câmara Municipal encontra-se disponível, desde a primeira hora, para dialogar e ouvir os argumentos do movimento de cidadãos “Tavira Sempre”.

Neste sentido, é importante clarificar que a primeira reunião entre as partes ocorre agora (teve lugar a 28 de novembro), uma vez que só no dia 26 de novembro (terça-feira) esta autarquia foi contactada, formalmente, por este grupo. Até à data todas as manifestações de descontentamento foram feitas em carta aberta ou em declarações a órgãos de comunicação social e nunca houve uma vontade de comunicar, diretamente, com o executivo municipal.

Como mencionado em nota de esclarecimento de 14 de novembro, emitida pela autarquia, e ao contrário do referido neste artigo de opinião, em que a autora afirma não se “perceber quais foram os estudos feitos para verificar questões de impacto ambiental e paisagístico, de estabilidade e de mobilidade”, este projeto foi, durante o seu desenvolvimento, objeto de apreciação e parecer da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR), da Docapesa e do Ministério da Defesa (Capitania do Porto de Tavira), tendo obtido pareceres favoráveis. Todos estes pareceres estão disponíveis e podem ser consultados por qualquer cidadão, o que tem vindo a acontecer frequentemente e sempre que requerido.

É importante aclarar, também, que o projeto não contempla o abate de árvores centenárias, conforme refere Patrícia Reis. A sua localização e a circulação automóvel, como já acontecia antes de encerrar a atual ponte por questões de segurança, permite o acesso a diversos lugares/parques de estacionamento, facilita o acesso ao centro da cidade a pessoas com mobilidade reduzida, assim como o acesso de veículos de emergência.

Para Patrícia Reis, esta construção “deveria implicar a requalificação do Jardim do Coreto e respetivas frentes ribeirinhas”. Também aqui, a autora não vai ao encontro da verdade. Tal como já comunicado pela autarquia, esta intervenção, em conjugação com outras obras realizadas recentemente e a futura requalificação das margens, cujos projetos se encontram em execução, irá privilegiar a circulação pedonal, as bicicletas e outros modos suaves.

A este propósito, recordamos a recente requalificação a sul do mercado da Ribeira que valorizou e beneficiou uma zona que se encontrava degradada no centro da cidade, promovendo a retirada de carros junto à margem do rio Gilão. Esta medida demonstra a preocupação da edilidade com as questões ambientais e o ordenamento do território.

Tavira com esta ponte não será descaracterizada, dado que o seu desenho é uma reinterpretação contemporânea, simples e leve, das construções formais existentes no local.

A obra, já em curso, constava no programa eleitoral do atual executivo e a decisão da sua construção iniciou-se, em 2014, com a tramitação necessária à sua edificação. Esta necessidade e vontade foi noticiada, desde sempre, em diversos meios de comunicação.

Em caso de suspensão dos trabalhos, as consequências seriam altamente danosas para o erário público e comprometedoras da estabilidade financeira da autarquia e de futuros investimentos públicos.

O executivo municipal não desaprova movimentos cívicos e acredita na pluralidade de opiniões e na democracia, a qual sai reforçada quando os políticos cumprem as promessas que fazem.

Esta é a realidade dos factos que deve ser reposta e respeitada.


Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Câmara Municipal de Tavira.