O crude do mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 8,79 dólares acima dos 60,23 com que fechou as transações na sexta-feira.

Os ataques com ‘drones’, reivindicados pelos rebeldes Houthis do Iémen, reduziram a produção saudita em cerca de 5,7 milhões de barris por dia, o que representa cerca de 5% da produção global.

De acordo com a Fatura Energética Portuguesa de 2018, divulgada pela DGEG, Portugal importou 12,6 milhões de toneladas de petróleo (12.606.221, exatamente), com a Rússia a ter uma quota de mercado de 19,6%, o que, de acordo com cálculos da agência Lusa, corresponde a 2.470.819,3 toneladas.

Nos dados disponibilizados pela DGEG, na tabela discriminada por país, a Rússia não aparece, mas aparecem Angola (2.015.112 toneladas), Azerbaijão (1.668.641 toneladas), seguindo-se a Arábia Saudita, com 1.230.135 toneladas.

Depois da Arábia Saudita, os maiores fornecedores de petróleo bruto a Portugal foram o Cazaquistão (1.121.409 toneladas) e a Guiné Equatorial (1.093.957).

Abaixo do milhão de toneladas ficaram, em 2018, o Brasil (694.817), a Argélia (655.537) e abaixo das 200 mil toneladas fornecedores como o Canadá, os Estados Unidos, o Gana, o Kuwait, o México ou o Gabão, de acordo com os dados da DGEG.

No sábado, aparelhos não-tripulados (‘drones’) atingiram instalações da petrolífera Aramco no leste da Arábia Saudita.

O ataque, que foi reivindicado pelos rebeldes Huthis do Iémen, atingiu a maior instalação de processamento de petróleo do mundo e um grande campo de petróleo, provocando grandes incêndios numa zona vital para o fornecimento global de energia.

O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita, maior exportador mundial, sofreu temporariamente um corte para metade (cerca de 5,7 milhões de barris diários).

O preço do barril de petróleo chegou cotar-se em alta de 19% na sessão de hoje do mercado de futuros, o que não se via desde 1988 numa sessão.

O ministro da Economia disse hoje que o corte de fornecimento de petróleo da Arábia Saudita, que representa 5% da oferta mundial, deve ser um tema de “muito curto prazo”, garantindo que “não há razões para preocupação”.

“O preço do petróleo está a flutuar e está muito volátil nos últimos tempos, tem havido subidas importantes e reduções. Este deve ser um tema de muito curto prazo e a capacidade de produção vai repor-se relativamente rápido”, afirmou Pedro Siza Vieira, em declarações aos jornalistas.

A Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) disponibilizou-se hoje para mobilizar reservas de petróleo caso se prolongue o corte temporário para metade do fornecimento da Arábia Saudita, que representa 5% da oferta mundial de petróleo.

Num comunicado hoje divulgado, a ENSE afirma que “dispõe de reservas estratégicas que podem ser mobilizadas para suprir uma falta eventual” e precisa que tem “à sua disposição 538,1 mil toneladas de crude em reservas físicas e 373,5 mil toneladas em tickets que representam direitos de opção sobre crude armazenado em Portugal e noutros países da União Europeia”.

“Estas quantidades estão à disposição da ENSE para mobilização imediata, caso se entenda necessário”, sublinha a ENSE.

O secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro), António Comprido, disse hoje que “não haverá nenhuma crise de abastecimento” de combustíveis na sequência do corte na produção de petróleo na Arábia Saudita.

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