A vitória “é garantida, não tenho dúvidas”, disse o lider do Kremlin, que se deslocou a São Petersburgo, onde visitou uma fábrica de armas.

Aproveitando a ocasião para um encontro com veteranos, Putin voltou a afirmar que Moscovo há muito procurava negociar um acordo para o conflito na região leste da Ucrânia, fortemente industrializada, o Donbass, onde os separatistas apoiados pela Rússia lutam contra as forças ucranianas desde 2014.

“Operações de combate em larga escala envolvendo armas pesadas, artilharia, tanques e aviões não param no Donbass desde 2014”, afirmou Putin.

“Tudo o que estamos a fazer hoje, como parte da operação militar especial, é uma tentativa de parar esta guerra. Este é o significado da nossa operação – proteger as pessoas que vivem nesses territórios”, assegurou o líder do Kremlin.

Putin descreveu o leste da Ucrânia como “território histórico” da Rússia, cuja perda Moscovo admitiu após o colapso soviético de 1991, e voltou a insistir que a Rússia tinha tentado negociar um acordo pacífico antes de enviar tropas, mas “foi enganada”.

Estas declarações do Presidente russo surgem quase onze meses após o lançamento da ofensiva militar na Ucrânia, onde as forças russas sofreram vários reveses nos últimos meses contra as ofensivas ucranianas.

Putin esteve no encontro com veteranos para assinalar o 80.º aniversário do Exército Vermelho que quebrou o cerco nazi da cidade em 18 de janeiro de 1943.

O cerco da cidade que então se chamava Leningrado durou quase 900 dias e só foi totalmente levantado em janeiro de 1944, marcando uma das páginas mais sangrentas da II Guerra Mundial. Cerca de um milhão de pessoas morreram em Leningrado durante o cerco, a maioria por fome.

Putin colocou uma coroa de flores no cemitério de Piskaryov, onde 420.000 vítimas civis do cerco e 70.000 soldados soviéticos foram sepultados e outra numa secção onde o seu irmão, que morreu em criança durante o cerco, foi enterrado numa vala comum.