As negociações, por videoconferência, são conduzidas, pelo lado Europeu, pelo negociador chefe da UE para o processo, Michel Barnier, e, pelo lado britânico, David Frost, principal negociador britânico para a saída da UE.

Em causa estão as relações futuras após a saída do Reino Unido do bloco comunitário (‘Brexit’) a 31 de janeiro passado e que têm de estar concluídas até final do ano, altura em que termina o chamado “período de transição”.

Quinta-feira, um porta-voz do executivo britânico assumiu a inexistência de avanços na terceira ronda de negociações para alcançar um acordo comercial pós-‘Brexit’.

Segundo a fonte, David Frost terá informado o governo de Boris Johnson na quarta-feira que a ronda de negociações em curso não chegou a um consenso porque a UE insiste em ter acesso às águas de pesca britânicas e impor o respeito por normas para áreas como os direitos laborais, algo que Londres não está disposta a aceitar.

“O conselho de ministros concordou que não aceitaremos exigências para renunciarmos aos nossos direitos como um Estado independente, especialmente quando a UE mostrou por meio de acordos com outros países como o Canadá que esses controlos não são necessários”, disse o porta-voz.

Depois da atual ronda de negociações, realizada por videoconferência devido à pandemia de covid-19, resta apenas mais uma, com início a 01 de junho, antes de as duas partes fazerem um balanço sobre o progresso e avaliarem a possibilidade de uma extensão do período de transição.

No entanto, o primeiro-ministro britânico tem reiterado que não pretende pedir ou aceitar uma prorrogação para além de 31 de dezembro, a qual tem de ser feita antes de julho.

A primeira ronda negocial decorreu em Bruxelas entre 02 e 05 de março e a segunda estava prevista para se realizar em Londres entre 18 e 20 de março, mas tal não aconteceu devido à pandemia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

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