A sentença de Dzokhar Tsarnaev – estudante de origem chechena que cometeu o ataque bombista, juntamente com o irmão — tinha sido anulada, numa decisão de um tribunal de recurso, por questões processuais relacionadas com a composição do júri e com exclusão de elementos durante o julgamento.

O Supremo Tribunal, de maioria conservadora, revogou hoje essa decisão, com seis votos a favor e três contra.

“Dzhokhar Tsarnaev cometeu crimes hediondos. A sexta emenda à Constituição garante-lhe um julgamento justo, por um júri imparcial, o que ele teve”, escreveu o coletivo de juízes do Supremo.

Em 2013, então com 19 anos, Dzhokhar Tsarnaev e o seu irmão mais velho, Tamerlan, colocaram duas bombas perto da linha de chegada da maratona de Boston, provocando uma carnificina.

Identificados por câmaras de vigilância, os dois irmãos fugiram, tendo matado um polícia durante a fuga. O mais velho foi baleado durante um confronto com as autoridades e Dzokhar Tsarnaev foi encontrado ferido, escondido num barco.

Em 2015, Dzokhar Tsarnaev foi condenado à morte, mas a sentença foi anulada em 2020, por um tribunal de recurso, que alegou duas irregularidades.

Mesmo que a decisão tenha permitido manter Dzokhar Tsarnev em prisão perpétua, foi fortemente criticada por Donald Trump, quando era Presidente dos EUA, que manifestou ser favorável à aplicação da pena de morte e pediu ao Departamento de Justiça que a procurasse defender.

Quando Joe Biden chegou à Casa Branca, em 2021, poderia ter retirado esse pedido, mas deixou que seguisse o seu curso.

Durante a campanha eleitoral de 2020, contudo, Biden prometeu trabalhar para abolir a pena de morte a nível federal.

RJP // PAL

Lusa/Fim

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.