“Desde 2003 que o contrato coletivo de trabalho não é revisto, os trabalhadores tiveram os salários congelados até 2017 e os poucos aumentos salariais que houve resultaram da luta dos trabalhadores”, disse aos jornalistas Francisco Figueiredo, dirigente da Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.

O protesto decorreu frente à sede da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

Numa moção aprovada no local e entregue nas instalações da entidade que representa os patrões, os trabalhadores afirmam que as empresas procederam a “um aumento miserável de apenas 2%”, em 2017, “quando a inflação no período de 2010 – 2017 foi de 9%”.

Estes trabalhadores auferem salários entre os 620 e os 650 euros: “Isto não pode ser, não são salários dignos!”, declarou o dirigente sindical.

Os trabalhadores reclamam também o respeito pelos horários de trabalho e o pagamento de feriados a 200%, conforme previsto no contrato coletivo de trabalho.

“As empresas têm posto em causa direitos dos trabalhadores (…), deixaram de pagar o subsídio noturno, impuseram a desregulação dos horários, com horários de 12 horas, que põe em causa a vida dos trabalhadores”, acrescentou.

Os dados sobre a greve, em termos nacionais, estão ainda a ser recolhidos, mas segundo a mesma fonte, estão encerradas as cantinas de várias escolas e hospitais de norte a sul do país, bem como da RTP do Porto e da Petrogal.

Depois da concentração, os trabalhadores juntam-se à manifestação da CGTP esta tarde e prometem voltar à sede da AHRESP na segunda-feira para uma vigília.