Em causa, segundo explicou Nuno Coelho, em conferência de imprensa, está o facto de a empresa estar a recorrer a empresas de trabalho temporário que, por sua vez, estão a contratar os trabalhadores apenas por três meses (meados de setembro a meados de dezembro).

De acordo com Nuno Coelho, a concessionária do serviço de refeições das cantinas escolares do município do Porto – Eurest - contratava todos os anos “cerca de 200” trabalhadores em setembro e despedia-os em junho ou julho do ano seguinte.

“Como se isso não fosse já suficientemente mau, este ano decidiu não admitir nenhum trabalhador e recorrer a empresas de trabalho temporário”, sublinhou.

Nestas contratações, afirmou o dirigente sindical, “há trabalhadores com mais de 20 anos sucessivos de trabalho nas cantinas escolares do município do Porto que este ano estão a ficar de fora das contratações, sem emprego”.

Citou, como exemplo, o caso de Arminda Borges das Neves da Silva, que há 23 anos exercia funções na cantina da Escola João de Deus, no Porto, e que este ano, além de ainda não ter sido contratada, viu o seu lugar ocupado por uma trabalhadora efetiva da Eurest.

“O sindicato protestou junto da Eurest e da Câmara Municipal do Porto, mas não obteve resposta”, disse Nuno Coelho.

O sindicalista acrescentou que “mais de 90% dos trabalhadores da Eurest têm vínculos precários”, contando apenas “22 trabalhadores efetivos nas cantinas escolares do Porto. Os restantes contrata-os ano letivo a ano letivo”.

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