A B3/B4, em Macacos, e as Forquilhas 1 e 3, em Ouro Preto, entraram em alerta máximo por risco de rutura, na noite desta quarta-feira, pelo que o nível de segurança passou de 2 para 3, segundo a mesma fonte citada pelo portal G1 da Globo.

A barragem de Vale Macacos, distrito de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entrou em alerta máximo na última noite e as sirenes na região foram acionadas, pela segunda vez em pouco mais de um mês.

Porém, os moradores da área de autossalvamento já tinham sido retirados das suas casas no dia 16 de fevereiro, adianta o G1.

A orientação para a mudança do nível de alerta foi dada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), segundo a qual o nível 3 significa ameaça de "rompimento ou risco eminente de romper".

Segundo a Defesa Civil do Brasil, mais de cinco mil pessoas que moram nas regiões secundárias vão ser treinadas nos próximos dias para uma emergência.

No distrito de Honório Bicalho, em Nova Lima, onde a lama chegaria em cerca de uma hora, existem 2.900 habitantes e na cidade de Raposos, também na Região Metropolitana, onde demoraria 1 hora e 45 minutos a chegar, em caso de rutura, há 2.300 moradores.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, as estruturas em risco são monitorizadas 24 horas por dia.

A Barragem B3/B4 tem uma estrutura do mesmo modelo das de Brumadinho, onde a rutura originou um desastre recentemente, e de Mariana.

Segundo a Vale, gestora das barragens, as sirenes vão tocar como medida de prevenção, porque auditores independentes disseram que não atestariam a segurança da estrutura.

A empresa assegurou que continua a adotar medidas de prevenção para aumentar a segurança da barragem, adianta ainda o G1.

As barragens de Forquilha I e III, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, também pertencentes à Vale, foram as outras duas que passaram para o nível três por risco de rutura nesta última noite.

A Vale esclareceu que as sirenes fazem parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).

Os moradores daquela região, que poderia ser atingida em caso de rutura das duas barragens, deixaram as suas casas no dia 20 de fevereiro.

O desastre na barragem de Brumadinho, que correu em janeiro último provocou mais de 150 mortos, segundo números da Defesa Civil de Minas Gerais.

A lama proveniente da rutura da barragem varreu a comunidade local e parte do centro administrativo da empresa mineira Vale, destruindo o refeitório onde se encontrava uma parte dos funcionários.

Após o desastre, a Vale anunciou que ia fechar todas as barragens construídas com o mesmo método da de Brumadinho, ou seja, erguidas a partir do próprio lixo e da terra na área.

A mineradora brasileira já esteve envolvida num outro acidente semelhante, ocorrido numa das minas da sua subsidiária Samarco no estado de Minas Gerais, há três anos, na cidade de Mariana, no qual morreram 19 pessoas após a rutura de uma outra barragem.

A empresa brasileira Vale, a maior produtora e exportadora mundial de ferro, que revelou hoje as suas contas do ano passado, tendo registado um lucro líquido de 6.860 milhões de dólares (6.109 milhões de euros), de acordo com o balanço anual divulgado na quarta-feira pela companhia mineira.

O resultado representa um aumento de 24,6% em comparação com os valores de 2017, quando obteve um lucro líquido de 5.507 milhões de dólares, de acordo com o balanço divulgado pela empresa.

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