Em comunicado, a procuradoria-geral da República (FGR) explicou que “nas primeiras horas do dia e num trabalho conjunto, e cumprindo ordens de mandado obtidas pela FGR de um juiz especializado, procedeu-se à detenção de vários indivíduos, presumivelmente envolvidos nos factos assinalados”.

A nota não precisa o número de detidos nem o local.

A detenção foi efetuada com a participação do exército e marinha mexicanos, da Polícia Federal Ministerial (PFM) da FGR, Guarda Nacional e do Centro Nacional de Inteligência.

O texto recorda que o exército mexicano e a PFM tinham detido “um suposto participante” no ataque, com residência na Cidade do México, e através das chamadas telefónicas que efetuou foi possível obter “informação fundamental e provas que estão a ser analisadas”.

A FGR também confirmou o envolvimento de agentes do FBI norte-americano nas investigações.

Em 04 de novembro, um grupo de homens armados atacou as famílias mórmon Miller, Langford y LeBarón, provocando nove mortos (três mulheres e seis crianças) e vários menores feridos, um caso que teve grande impacto pelo seu nível de violência.

O massacre originou uma nova crise diplomática entre o México e os Estados Unidos, após uma declaração do Presidente Donald Trump, que comunicou a intenção de designar os cartéis da droga como “organizações terroristas”.

Em 05 de novembro, Trump tinha já oferecido ajuda militar, ao considerar que “chegou o momento” do país vizinho desencadear “uma guerra contra os cartéis da droga” até à sua eliminação.

Em resposta, o Presidente mexicano López Obrador limitou-se a dizer “cooperação sim, intervencionismo não”, entre os dois países.