A fiscalização decorreu nos parques naturais do Alvão, de Sintra-Cascais e do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e “cerca de mil cidadãos foram abordados, detetamos 47 infrações e foram passados 43 autos de notícia”, disse à agência Lusa Célia Ramos.

A atividade turística foi o tema de uma das ações integradas no Plano de Vigilância Ativa das Áreas Protegidas e Rede Natura em 2017 e teve como objetivo verificar as condições de circulação e de estacionamento junto às dunas e às falesias, assim como a prática de campismo e caravanismo fora dos locais autorizados.

O plano envolveu um conjunto de vigilantes que vieram de várias partes do território e incidiu em áreas protegidas concretas sobre temáticas específicas, como o turismo ou o furtivismo e a prática ilegal de captura, ação que “foi levada a efeito nos parques naturais do Tejo Internacional, na Serra da Arrábida, na Serra de S. Mamede e Montesinho”.

A governante especificou que a ação que visou a caça ilícita envolveu cerca de 100 elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), mas também da GNR e do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), num total de 150 efetivos, que contactaram mais de 370 pessoas, detetaram sete infrações, passaram um auto de notícia e apreenderam 11 materiais usados ilicitamente.

Para o plano de ação para 2018, o Governo diz contar com mais recursos humanos e meios para continuar a focar-se nas atividades alvo, como a turística e avançar para outras, como as atividades marinhas e a prevenção dos fogos rurais.

No ano passado, foi promovido o primeiro plano de vigilância ativa das áreas protegidas para aumentar a perceção dos cidadãos, das empresas e das instituições sobre as disposições legais associadas à conservação da natureza, com uma “atuação pedagógica e pró-ativa”.

“Pretende-se uma continuada consciencialização das pessoas que utilizam, usam, vivem, usufruem e visitam as áreas protegidas sobre os valores naturais que estão em causa e os cuidados que são necessários para preservar a natureza”, explicou a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.

Os resultados do plano de vigilância vão ser apresentados hoje, na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, no Alentejo, com a presença do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e de Célia Ramos, no dia em que 20 novos vigilantes da natureza terminam a sua formação.

“Além de termos estes 20 vigilantes preparados para uma próxima época e para nova atuação, temos também já em concurso mais 30 lugares para vigilantes da natureza, o que é um aumento significativo de mais 50, homens e mulheres, sempre com elevados números de candidatos”, avançou a secretaria de Estado.

Na Rede Natura, no Tejo Internacional existiam dois vigilantes e, durante 2018, a governante espera que o número suba para cinco, enquanto no Alentejo estava um profissional e vão passar a estar sete, o que considerou “significante”.

“No Parque Natural do Sudoeste Alentejano, de sete que lá existem passamos a ter 12″, acrescentou Célia Ramos.

Na cerimónia serão também entregues 16 viaturas, 10 específicas para os vigilantes da natureza e seis para o transporte de animais.

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