Especialistas norte-americanos consideraram que o acidente, cujo caráter nuclear só foi reconhecido pelas autoridades no sábado, poderá estar ligado aos testes do míssil de cruzeiro “Burevestnik”, uma das novas armas que o Presidente russo, Vladimir Putin, classificou de “invencíveis” no início do ano.

A agência nuclear da Rússia, a Rosatom, celebrou hoje a memória daqueles seus cinco funcionários, assegurando querer “continuar o trabalho sobre os novos tipos de armas, que será prosseguido até ao fim”.

“Cumpriremos os deveres que a nossa Pátria nos confiou. A sua segurança será totalmente garantida”, disse o diretor-geral da Rosatom, Alexei Likhatchev, citado pelas agências russas.

Após o acidente, o Ministério da Defesa russo explicou que a explosão ocorreu durante ensaios com “um motor a jato de combustível líquido”, sem referir que o acidente envolvia combustível nuclear.

Só no sábado as autoridades russas admitiram que a explosão na base, no extremo norte do país, provocou um breve aumento da radioatividade na área e levou ao encerramento de uma zona próxima.

Aberta em 1954 e especializada em ensaios de mísseis da frota russa, nomeadamente mísseis balísticos, a base situa-se perto da localidade de Nionoksak.

Milhares de pessoas participaram hoje no funeral dos cinco especialistas nucleares, que vão ser condecorados a título póstumo.

O funeral decorreu na cidade de Sarov, onde se localiza o principal centro de investigação nuclear da Rússia.