José Couto Nogueira é jornalista desde os tempos do Antigo Regime e já trabalhou como repórter, colunista, editor, chefe de redacção e director em muitas publicações, entre elas o jornal digital "Alface Voadora", em 1997-2000. Viveu mais de 20 anos em Londres, São Paulo e Nova Iorque, e escreveu quatro livros de ficção e três de não ficção. Está no SAPO24 desde 2015.
Marcelino da Mata, negro, guineense e o militar mais condecorado do exército português, é um fenómeno do tempo do Estado Novo e das guerras coloniais que continua a levantar polémicas. Há quem o ache um traidor e quem o considere um herói, e não pelas mesmas razões. As opiniões sobre ele evoluíram c
Combate-se na Ucrânia, ao vivo e em directo em todas as televisões do mundo. Mas o mundo não é apenas espectador de uma invasão de conquista “à antiga”. Tal como em 1939, os efeitos já atingem todos os países.
É do conhecimento universal que o partido único da República Popular da China exerce uma censura minuciosa sobre todas as instituições e cidadãos, desde a definição de objectivos de produção ao reconhecimento facial. Mas poucos têm a percepção da auto-censura que as empresas estrangeiras se impõem p
Desde 1945 que não acontecia uma guerra com consequências globais. Passadas as aflições da Guerra Fria, pensava-se, ingenuamente, que tal não voltaria a ocorrer. Agora, perante o facto consumado, o futuro é volta ao passado.
Em 1977, José Milhazes foi estudar para a Universidade Estatal de Moscovo, onde se formou em História, e por lá ficou até 2015, assistindo ao vivo e a cores a todo o processo que passou da dissolução da União Soviética até à tomada do poder por Vladimir Putin. Além de escrever regularmente na comuni
Kati Marton não é uma pessoa qualquer; sobre ela também se poderia escrever uma biografia. Nascida na Hungria, em 1949, os pais, jornalistas, fugiram para os Estados Unidos a seguir à revolução falhada de 1956, dando-lhe uma formação académica americana, seguida dum curso na Sorbonne e no Instituto
Já todos sabemos que o mundo precisa de energia para funcionar. Mas a solução não parece estar à vista; os problemas ambientais, geopolíticos e ideológicos tornam as opções possíveis em situações impossíveis.
Os semicondutores, mais conhecidos como microchips, são como as baratas; mal se vêem, mas estão em toda a parte. A diferença é que evoluem constantemente, e quem dominar a sua evolução, domina o mundo.
Entre um Governo acossado pela sua soberba e novas leis draconianas, o reino de Isabel II, e primeira democracia (informal) ocidental, caminha inexoravelmente para a autocracia. O retrocesso está à vista de todos.
Nesta quinta-feira fez um ano que um grupo de pseudo-“nacionalistas” invadiu o mais simbólico edifício dos Estados Unidos. Enquanto a Comissão de Inquérito parlamentar vai esmiuçando quem estava por trás deles, os republicanos trumpianos criaram uma nova narrativa sobre os acontecimentos.
A ameaça do Aquecimento Global para a manutenção da vida está na frente das preocupações mundiais, mas há outro perigo igualmente avassalador que tem passado quase despercebido: a diminuição do número de espécies animais, que também ameaça a espécie humana.
Teorias e crenças sobre a origem do Universo não faltam. Está em andamento a descolagem do mais ambicioso projecto científico para descobrir como tudo começou. A eterna procura do infinito.
Quem achava que Marine Le Pen chegaria novamente para a segunda volta das próximas presidenciais francesas, em 2022 (contra Macron), pode tirar o cavalo da chuva: o radicalismo anti-imigração e pró-“valores tradicionais” está a ser açambarcado por uma figura surreal.
A democracia no mundo, que parecia avançar periclitante na segunda metade do século XX, está a recuar no século XXI. Com o título “The bad guys are winning”, a jornalista Anne Applebaum analisa, na revista “Atlantic”, os pormenores e as teias deste desenvolvimento preocupante.
Quem tem muito poder, nunca tem poder que lhe chegue. Xi Jinping prepara-se para se sagrar o grande ideológo da China, ao nível histórico de Mao Tsétung e Deng Xiaoping. Tremei, bárbaros e temei, chineses!
A conferência COP26 reúne na Escócia quase todos os países do mundo, com o objectivo de encontrar soluções para a nossa sobrevivência neste planeta. Essas soluções são conhecidas, porém ninguém consegue pô-las em prática.
Um presidente acusado de “crimes contra a Humanidade” por um ex-presidente do Senado indiciado por corrupção. Uma acusação validada por um senado onde coexistem 24 partidos, agora entregue a um procurador-geral da república nomeado por esse mesmo presidente acusado. É este o quadro atual do poder no
O Estados Unidos, que têm a mais antiga Constituição democrática (1787) e que desde 1945 “vendem” e impõem a Democracia ao mundo inteiro, acabam de liquidar a deles. Os resultados são imprevisíveis.
Francisco Louçã acaba de publicar “O futuro já não é o que nunca foi”, uma avaliação dos desafios dos nossos dias. Na introdução, magnificamente escrita, tece considerações sobre o que significa “passado” e “futuro”, para dar uma perspetiva de como podemos ver o presente. Depois de afirmar que vivem
Não é a primeira vez, nem será a última, que o Facebook é criticado por, basicamente, transformar os utilizadores em mercadoria que os anunciantes (e outras entidades obscuras) compram a bom preço. Mas desta vez a crítica vem de dentro da empresa.