O mundo é uma enorme burla. Os esquemas para fazer dinheiro dão para tudo, das grandes conspirações às pequenas saídas de chico-esperto que o cidadão comum, na sua vidinha, opta por fazer (não pedir factura para evitar o IVA também conta, sim).
Façamos a pergunta: porque é o jornalismo essencial para os direitos das mulheres? A resposta é mais alargada: o jornalismo é crucial para mantermos os direitos de todos nós. Os conquistados e os por adquirir. O desempenho ético do jornalismo radiografa a sociedade, promove o debate de ideais, desve
Não vale a pena chorar, até porque o leite derramado talvez estivesse demasiado azedo para consumo. As eleições de domingo mostraram que a mudança é inevitável e que temos um país dividido (pouco esclarecido, na opinião de alguns), mas a democracia é isto: fomos a votos, a abstenção mantém-se elevad
Em 2019, a Maria Teresa e eu começámos a debater a ideia de escrever uma biografia com a sua colaboração. A Desobediente (edição Contraponto) está nas livrarias e celebra a vida e obra da poetisa e escritora, mas não é uma autobiografia. As opções feitas são da minha responsabilidade, sem orientação
Somos, ainda agora, o país que não pode ouvir uma família de palavras em particular: terapia, psicólogo, psiquiatra... entre outras que derivam do mesmo domínio.
Infelizmente, em política, a coisa funciona muito na base tudo e o seu contrário. Se mantivermos alguma coerência de pensamento e o fio condutor cronológico certo, percebemos que esta campanha eleitoral é exemplo disso mesmo.
Nenhum dos protagonistas da campanha legislativa está ralado com a Cultura ou com as Artes. Não é tema. Na verdade, nunca foi. A Cultura é sempre o parente pobre e talvez isso explique o estado a que chegámos. Sem Cultura – que é o mesmo que dizer sem educação, pelo menos na minha perspectiva – não
Quanto tempo estamos disponíveis para ouvir os políticos? Em que medida estamos interessados nos debates? Em poucos minutos sabemos o quê, além de duas ou três frases proferidas para o efeito mediático? E por que carga de água temos de dar mais tempo de antena aos comentadores do que aos protagonist
A minha mãe é celíaca. Teve um diagnóstico tardio e, ao contrário do que eu imaginei então, adaptou-se com disciplina e relativa facilidade. A minha mãe entra numa pastelaria e não come nada do que estamos habituados a pedir ao balcão: tostas, rissóis, camarões, bolos e bolinhos? Não dá. Tudo tem fa
Um grande amigo acordou com esta frase e partilhou-a com os que estão à sua volta. A ignorância, a iliteracia, a opção pelo caminho cómodo e preguiçoso de adoptar o pensamento alheio, a não promoção de pensamento, tudo isto é cada vez mais português. Lamentavelmente vivemos dias em que brio, o mérit
Não é fácil ser-se jornalista hoje em dia. Como no caso dos poetas e dos escritores, os regimes totalitários encarregam-se muito rapidamente de calar os jornalistas.
Francisco, um Papa que tem procurado fazer muitos caminhos inovadores e, por isso, suscitado muito desconforto junto da ala mais conservadora da Igreja, não anda tão depressa quanto seria desejável, vai andando na direcção de uma abertura da Igreja ao mundo.
Este é um país cheio de esquemas. O tuga, por princípio, gosta de dar a volta a tudo o que possa comprovar a sua sapiência, comumente conhecida como chico-espertice. Muitas vezes estes actos de grande ousadia, para driblar cenas, são de uma injustiça tremenda e prejudicam terceiros.
Vivemos num mundo cuja beleza se desvanece com uma facilidade medonha. É triste e natalício? Sim, infelizmente sim, por isso preparem-se para os jantares e reuniões de família, de empresa, de sócios, de isto e daquilo, para a hipocrisia pairar no ar, o consumismo.
Os dias correm e, não admira, faz mais de um mês que Israel e o Hamas estão em guerra. Mais de um mês a contabilizar os mortos de um lado e de outro, como se fossem apenas números. A banalização da violência, a que assistimos, é prova da pouca dignidade que atribuímos à vida humana. Chegámos ao pont
Raramente consideramos as condições acústicas, a qualidade do som e a influência que tem em nós. Sendo o maior condutor emocional, o som nunca é considerado, ou raramente o é, em situações que claramente beneficiariam as pessoas.