Na feira revejo algumas pessoas com quem simpatizo, outras de quem gosto realmente. Também vejo as outras – as quais, até há uns tempos, tenderia a cumprimentar com zelo e respeito. Hoje, se me ignoram, opto pela mesma moeda: bem vistas as coisas, é sempre mais fácil para quem não quer dar troco.
A Expo 98, dedicada aos oceanos, fez-se há 25 anos. Durante 18 anos vivi no Parque das Nações. O António (Mega Ferreira) dizia que era um bom sítio, mas que não se imaginava a viver numa zona da cidade cuja história estava por escrever, mesmo que tivesse sido ele o responsável pelo primeiro capítulo
Não gosto de todas as pessoas e ainda bem que assim é. Não faço questão de que gostem de mim e digo, muitas vezes, que tenho bons amigos, não preciso de mais. Mas faço por ser correcta, por ser educada. É que a mim custa-me a má criação, não é uma coisa que tenha adquirido com a idade, é um princípi
Não posso ficar animada com o cenário quando os mais novos esfregam as mãos de contentes, por contarem com a dita Inteligência Artificial para os substituir nos seus afazeres escolares e académicos.
Foi uma emoção, a entrega do prémio Camões a Chico Buarque. Quatro anos depois de o ter ganhado, quatro anos depois de Bolsonaro ter feito a “fineza” de se recusar a entregar o prémio. Este gesto, tão pequeno para muitos, revelou, como tantos outros, o enorme desprezo pela liberdade, pela democracia
Começa a ser a conversa do costume. As mães e os pais de jovens na casa dos vinte que parecem cortar os pulsos, metaforicamente, ao pensar que os rebentos já crescidos não atinam. Pensei o mesmo, admito, mas depois curei-me.
O que arrepia, na história de o Dalai Lama pedir a um miúdo que lhe chupe a língua, é pensar em tudo aquilo que pode ter feito a outros tantos miúdos, ao longo do tempo, sempre revestido da santidade e com a cara de quem não parte um prato.
Um jornalista que é jornalista pode ser cronista, opinar, proporcionar argumentos para promover debate. Alguém que assina uma crónica para maldizer de forma asquerosa a imagem de uma figura ou mais figuras públicas serve para quê? Para nada.
O papa diz que as mulheres são as primeiras a ser descartáveis. São menorizadas e prejudicadas por ser mulheres. O papa também alerta para outras coisas, fala sobre tantos outros assuntos.
Percebi que uma das coisas mais maravilhosas que nos pode acontecer é entendermos que não valemos nada, não vamos mudar o mundo, não somos sequer uma nota de rodapé num manual de História futuro.
Queria remodelar uma zona da casa. Não importa qual zona, que a malta não tem nada a ver com isso e, para bisbilhoteiros, já temos o que temos e isso é suficiente.
Limitar o corpo das mulheres é dizer que somos, nós, mulheres, menos. A mim, desculpem lá a imagem, dá-me vontade de bater, de dar com um pano encharcado na tromba de alguém.
Muito se tem dito e escrito sobre o palco para a Jornadas Mundiais da Juventude. O valor assusta qualquer mortal, para mais nos tempos que correm. É fácil criticar, sempre foi, sempre será. Mais fácil ainda destruir, só porque sim.
Vamos corrigir a internet? Talvez não seja possível quando perpetuamos ideias e as passamos de geração em geração. Talvez não seja possível enquanto tivermos um discurso que não é imparcial.
Graça Freitas tem sido acusada de tudo e mais um par de botas, como é timbre da maldade que grassa pelo país. A sua saída da Direção-Geral da Saúde teve centenas (quem sabe milhares) de comentários, nas redes sociais, que assustam qualquer mortal. Foi apelidada de tudo. Quando digo tudo, é mesmo tud