• Lisboa, 2017
    Quando Pedro Passos Coelho confirmou o nome de Teresa Leal Coelho para a candidatura do PSD à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, garantiu uma série de premissas que podiam estar a escapar aos analistas: que Fernando Medina ganhou a “passadeira vermelha” para mais um mandato; que Assunção Cri
  • Do poder ao pântano
    A entrevista que o Dr. Pedro Santana Lopes deu à "TSF" e ao “Diário de Notícias”, no fim de semana passado, tem momentos hilariantes – ou de chorar, conforme queiramos olhar a política “à portuguesa” -, mas é tudo menos insignificante (junta com a de Assunção Cristas ao “Público”), para perceber o q
  • Números quadrados
    Sempre que se fala da pós-verdade, que mais não é do que a vontade de tornar factual o que é mentira, e se exibem as “notícias” inventadas por Donald Trump e a sua claque, tenho tendência a recuar no tempo e recordar que, no Liceu, umas das raras lições que me ficou da matemática (a que era péssimo
  • As mãos que ardem no fogo
    Há uma expressão popular, muito usada para demonstrar a nossa confiança nos outros, que receio possa entrar em desuso para todo o sempre, seja em relação àqueles em quem acreditamos - mesmo sem conhecer, apenas por intuição e currículo -, seja em relação aos nossos familiares e amigos. É a clássica
  • O “abismo” numa fotografia
    Há polémica sobre a fotografia do ano do World Press Photo. A foto, como já é sabido, é um instante do momento dramático em que um atirador isolado, Mevlut Mert Altintas, dispara sobre o embaixador russo na Turquia, Andrei Karlov, na inauguração de uma exposição na Galeria de Arte Contemporânea de A
  • O "Dia da Rádio" chegou mais cedo
    Na próxima segunda-feira, dia 13, assinala-se o Dia Mundial da Rádio, facto que ocorre pela terceira ou quarta vez - quando a UNESCO, tarde e a más horas, reconheceu a relevância do meio no universo da comunicação. No site da organização diz-se que o Arcebispo Desmond Tutu terá afirmado que “a rádio
  • A vida de cada um
    Estou a ver na TV, num canal de notícias, uma curta troca de argumentos sobre a eutanásia. Estremeço. Antecipo o “amplo e profundo” debate que o Presidente Marcelo desejou há dois dias: vai dar asneira. Um dos intervenientes era mesmo o bastonário da ordem dos médicos, José Manuel Silva - e a forma
  • Um só Marcelo, um só Presidente
    Em momentos mais insonsos dos meus dias, gosto de imaginar Cavaco Silva a observar Marcelo Rebelo de Sousa. Revejo aquela expressão, entre o enfastiado e o irritado, que tão bem marca o ex-Presidente, e um abanar de cabeça seguido do “Como é possível?!” sem resposta nem continuidade, e gosto do que
  • Apenas um “bug”
    Na véspera de tomar posse o mais odiado de todos os Presidentes democraticamente eleitos do Mundo, o que apetece dizer? Que odiar Donald Trump, dentro e fora dos Estados Unidos da América, não o impediu de ganhar uma eleição? Que estão certos aqueles que aproveitam o momento para questionar o regime
  • O medo
    Vou acompanhando, online, o essencial do Congresso dos Jornalistas, e mantenho o que me levou a nem sequer tentar participar no evento - e teria de tentar muito, porque a Comissão Organizadora deixou de fora todos os que, nos últimos anos, deixaram de ter Carteira Profissional…
  • O tempo “é quem mais ordena”
    Passados estes dias em que tudo foi dito, revisto, recuperado, lembrado, a respeito de Mário Soares, a grande lição que temos de tirar é aquela que os historiadores passam a vida a sublinhar e nós, comuns espectadores dos dias que passam, ignoramos olimpicamente: quando queremos ser justos com a His
  • A peste voltou
    Tinha à minha frente a ultima crónica de Miguel Sousa Tavares no Expresso e estava preso ao destaque que o próprio jornal fez do texto: “As redes sociais são a peste de hoje. O seu veneno espalha-se como a peste, destrói como a peste, mata como a peste”. Não é novo, vindo do Miguel (e salvaguardo qu
  • Em que ano estamos?
    Ao longo dos últimos meses, com as inesperadas mortes que nos apanharam pela frente, com as tragédias (esperadas ou não…) que se abateram um pouco por todo o Mundo, e com surpresas como a eleição de Donald Trump, a ideia mais forte que as redes sociais foram transmitindo - redes quase sempre fracas
  • Sem juízo (final)
    Algumas semanas forçosamente encostado à boxe - vendo o mundo, a espaços, em bocados soltos, sem fio condutor, flashes que encadeiam mais do que iluminam -, e o que já me parecia “fora de pista” fica subitamente fora de órbita, num caos sem ponta por onde se lhe pegue.
  • Já é Natal, não é?
    Querido Pai Natal: Dado que hoje é o primeiro dia de Dezembro e ninguém liga ao que acontece no Mundo, aproveito a distracção geral (... e das editoras do SAPO24) e abuso deste espaço para te escrever, poupando selos e a forte possibilidade de, por correio tradicional, só receberes esta carta lá par
  • Não vá o optimismo entusiasmar-se…
    Há dias em que, por efeito do sol ou de uma qualquer descarga extra de serotonina pelo corpo fora, acordamos a acreditar que o Mundo, apesar de Trump, é hoje um lugar melhor e mais simpático para viver, e o ser humano tem tendência para se tornar mais civilizado e sensato. Porém…
  • O fim da mediação
    Por estes dias, quando se recordou novamente a tragédia que o ambiente sofreu, ao largo da Galiza, a 13 de novembro de 2002, com o derrame de 77 mil toneladas de crude pelo petroleiro Prestige, recuei por momentos a esses dias e confrontei-me com a evolução do meu olhar, sobre essa notícia, à medida
  • A verdade mentirosa dos números
    A história é velha, e sempre igual: eu como uma galinha inteira, o leitor come raspas. Para efeitos estatísticos, cada um de nós comeu meia-galinha… E não consigo deixar de pensar nesta anedota sempre que se publicam estatísticas - talvez a verdade mais mentirosa que a aritmética criou. Nos últimos
  • Em Abrantes, tudo como dantes
    Demorou, mas a verdade lá veio ao de cima: afinal, era mesmo um “contratado” de José Sócrates que escrevia o blog “Câmara Corporativa”, sob o pseudónimo Miguel Abrantes, com mais vigor entre entre 2005 e 2010 (o blog manteve-se até 2015, está parado desde então). Chama-se António Peixoto, e recebia,
  • O que vale (realmente) a pena
    A cidade italiana de Nápoles é mais conhecida pela Camorra, uma das mais bem-sucedidas organizações criminosas da Europa, do que pelo bem comum. Porém, ou talvez por causa disso, foi lá que nasceu o “café suspenso”. Em plena II Guerra Mundial, num tempo de escassez, miséria e caos, foi ali que algué
  • Era uma vez um táxi…
    Apetece contar a história como se fosse para crianças. Há factos que, simplificados, tornam-se tão óbvios que deixam de ter discussão. E a polémica que opõe taxistas, plataformas digitais e o Governo poderia bem ser contada como se de uma romântica revolução tranquila se tratasse.
  • A postos para novos impostos…
    Há dezenas de anos que sucessivos Governos “inventam” impostos indirectos, que fazem de conta que não são connosco - mas no fim pagamos, que remédio, e a vida segue. A “Geringonça”, que já fez um ano e provou que afinal podia funcionar, mesmo que em modo “tem-te não caias”, anda agora às voltas com
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