Integrado na ‘Missão Europa’, um projeto que visa a recuperação de rotinas em segurança, idealizado pelo Comité Olímpico do Brasil, juntamente com Beatriz Haddad Maia, Carolina Meligeni e João Menezes, que decorreu no Rio Maior Sports Centre, o atual 287.º classificado mundial confessa desejar, aos 32 anos, retomar a competição e consecutivamente a ascensão na hierarquia.

“O meu objetivo é voltar ao ‘top 100′, jogar torneios ‘challenger’ e conseguir jogar um ou outro quadro principal dos torneios ATP. Este ano é um pouco difícil, porque os torneios estão muito limitados, são bem duros, já que são poucos, mas o meu objetivo é voltar aos 100 primeiros até ao final do próximo ano”, avançou, em declarações à agência Lusa.

Embora “não tenha como objetivo principal os Jogos Olímpicos”, por já ter representado o Brasil em Pequim2008, Londres2012 e Rio2016 e sentir-se “realizado nesse aspeto”, Bellucci admite que “ficaria muito feliz” se conseguisse a qualificação numa época em que antevê alguma normalidade no circuito ATP.

“Acredito que não vão ser todos a poder ter público nos torneios como sempre tiveram, a não ser que apareça alguma vacina, mas acho que os países menos afetados vão voltar à normalidade no próximo ano. Agora, nos Estados Unidos e América do Sul, onde há vários torneios em fevereiro e março, não tenho a certeza se haverá tempo suficiente para a situação voltar ao normal”, explicou o antigo 21.º colocado mundial.

De volta aos treinos em solo português, o vencedor de quatro títulos ATP (Gstaad em 2009 e 2012, Santiago em 2010 e Génova em 2015) recorda ainda os tempos difíceis vividos durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus, mas garante estar preparado para regressar ao circuito internacional.

“Foi difícil a paragem. Fiquei praticamente três meses sem treinar e sem sair de casa, já que os clubes e academias estavam fechados. Entre junho e julho, consegui retomar o trabalho e estou a treinar há dois meses, por isso estou preparado para voltar a jogar no circuito. Mas foi um período bem difícil, até pela incerteza. Ninguém sabia quando ia voltar e acho que até hoje não se sabe até quando vai durar esta pandemia”, frisou.