Uma fonte ligada ao processo confirmou igualmente à agência France-Presse que “a origem acidental dos factos ocorridos parece estar excluída, pelo que a consequência lógica passa pela denúncia formal às autoridades italianas”.

A RMC Sport e a BFMTV adiantam que a explosão no camião de assistência a Camélia Liparoti (X-Raid Yamaha), na noite de 31 de dezembro, na saída de Jeddah (Arábia Saudita), na véspera do início da corrida, “não foi de origem acidental”.

Esta conclusão, de acordo com os dois meios de comunicação, surge após “os serviços especializados franceses (…) terem realizado discretamente, nas últimas semanas, investigações aos destroços do veículo italiano” da equipa X-Raid Yamaha.

Em 30 de dezembro, outro participante no Rali Dakar2022, o piloto francês Philippe Boutron, ficou gravemente ferido pela explosão do seu carro em Jeddah, num incidente que as autoridades sauditas descartaram ter sido criminoso e rotularam de “acidente”.

Uma investigação foi aberta em França pela Procuradoria Nacional Antiterrorista, no início de fevereiro, que aponta que a única explicação possível para a origem da explosão no veículo era a instalação de um “dispositivo explosivo”.

A conclusão é sustentada por uma investigação realizada por um grupo de peritos, que se deslocou ao local do incidente no final de janeiro e início de fevereiro, para recolher amostras do veículo de Philippe Boutron.

Em relação ao incidente com o camião de assistência de Camélia Liparoti, a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa indicou que “não abriu uma investigação sobre esses factos por se tratar de um piloto de nacionalidade italiana e o incidente ter ocorrido num país estrangeiro”.

A edição de 2023 do Rali Dakar começará em 31 de dezembro pela quarta vez da Arábia Saudita, para um percurso com 14 etapas, traçado de oeste a leste, com mais dunas e mais quilómetros.