Estas alterações foram divulgadas nos regulamentos e formatos competitivos para a próxima época, aprovados em reunião da direção federativa de 10 de março último e após consulta pública, que, segundo a FPF teve a maior participação de sempre com mais de 50 contributos de associações e clubes.

A partir da próxima época, a Supertaça de futebol feminino vai ser disputada pelo campeão nacional, pelo vice-campeão e pelos vencedores da Taça da Portugal e da Taça da Liga, no formato de meias-finais e final. Caso os vencedores das taças coincidam, vai ser a classificação da Liga feminina a determinar os clubes presentes na prova.

Igualmente confirmada foi a redução, em 2022/23, do principal campeonato feminino, atualmente disputado por 16 clubes, para 12 emblemas, numa série única a duas voltas, descendo o último, enquanto os 10.º e 11.ºs posicionados vão disputar ‘play-offs’ com os segundo e terceiro classificados do segundo escalão.

Ao contrário da Liga feminina, a II Divisão feminina vai manter na primeira fase duas séries (Norte e Sul), avançando para a fase de subida os quatro primeiros de cada uma, para a disputa da subida direta e das vagas nos ‘play-offs’. Este escalão vai estar limitado à participação de seis equipas B, três em cada zona, e de quatro na fase de subida.

Relativamente ao Campeonato de Portugal, atualmente disputado por 60 clubes, em seis séries, também vai ser reduzido para 56 equipas, divididas por quatro séries de 14 clubes, seguindo uma organização territorial, com a disputa de um campeonato a duas voltas.

Os seis últimos de cada uma das séries vão ser despromovidos aos escalões distritais, enquanto os dois primeiros de cada uma das quatro séries vão formar dois campeonatos de quatro clubes, dos quais sobem à Liga 3 os dois primeiros de cada uma das ‘poules’.

Além destas alterações, a FPF vai criar duas novas competições nos escalões de formação, as segundas divisões de sub-17, com 36 equipas, e de sub-15, com 40.

“A criação de duas novas competições no âmbito da formação, já estava programada pela FPF, mas a sua concretização ficou comprometida devido à pandemia. Passados estes tempos difíceis, este estímulo é ainda mais importante”, afirmou José Couceiro, vice-presidente federativo e Diretor Técnico Nacional.

O responsável realçou a recuperação do número de praticantes em relação ao período anterior à pandemia de covid-19, partilhando este mérito “pelas associações e clubes e pelos próprios atletas não deixaram morrer a sua paixão pelo futebol e pelo futsal”.

“Com a criação de duas divisões secundárias nos campeonatos nacionais de sub-17 e sub-15 estamos essencialmente a criar condições para apurar competências e tornar a competição nestes escalões mais equilibrada, assumindo-se como prioridade o desenvolvimento do jovem futebolista. Estas alterações incluem-se num plano de reformulação das competições que, neste caso, visa aproximar o formato destas categorias ao escalão de sub-19 e que só estará concluído em 2024/25”, explicou Couceiro.

Igualmente prevista, e agora confirmada, foi a redução de 14 para 12 clubes da Liga de futsal masculino, que continuará a ser disputada em duas fazes, com a fase regular, despromovendo os dois últimos classificados, e os ‘play-offs’, com eliminatórias à melhor de três jogos e a final à melhor de cinco.