"Momentos depois de lhe ter feito falta, sem querer, após outra falta, quando estávamos na grande área, ele disse: 'seu preto de merda'", relatou à agência Lusa o médio dos algarvios, acusando 'o número 10' da equipa açoriana, Diogo Andrade, e acrescentando que pelo menos outro jogador do Rabo de Peixe terá ouvido o alegado insulto.

O jogador luso-guineense, de 26 anos, explicou que se dirigiu imediatamente ao árbitro, Ricardo Góis (Associação de Futebol de Setúbal), para o informar do que se tinha passado.

"Fui logo falar com o árbitro. Ele disse-me que ia estar atento, mas disse-lhe que era racismo e que ele não podia dizer só isso. Ele deu-me amarelo e, depois de eu falar novamente, deu-me o segundo amarelo", declarou Edson, expulso aos 38 minutos da partida que terminou com vitória do Rabo de Peixe (2-0) e os locais reduzidos a oito jogadores, depois de mais duas expulsões no segundo tempo.

Por ocasião da expulsão de Edson, o encontro ficou interrompido cerca de cinco minutos, com a estrutura e outros jogadores do Olhanense a protestarem com o árbitro.

Diogo Andrade, jogador do Rabo de Peixe, não falou após a partida, mas o diretor desportivo dos açorianos desmentiu a acusação.

"Quando aconteceu estava no banco, mas os meus jogadores dizem-me que o termo que o jogador do Olhanense alega não foi o termo que o meu jogador disse. Se acontecesse, seria lamentável, mas, por aquilo que os jogadores me transmitiram, ninguém diz que a conversa foi dessa forma", afirmou Hernâni Melo.

O presidente da SAD do Olhanense, Luís Torres, disse à Lusa que o clube ia apresentar um protesto no relatório do jogo e que encaminhará a acusação para a Federação Portuguesa de Futebol.

A seu pedido, os agentes do PSP presentes no Estádio José Arcanjo, em Olhão, registaram a ocorrência.

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